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Espetáculo “Dona Maria, a Louca” será apresentado no Teatro da UFSC, gratuitamente, nos dias 29 e 30/03

25/03/2019 02:20

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O espetáculo “Dona Maria, a Louca”, do autor, ator e diretor catarinense Antônio Cunha será apresentado nos dias 29 e 30 de março, às 20h30, no Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha). O monólogo retorna ao palco, em leitura dramatizada, para comemorar os 20 anos de estreia da peça. Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos na bilheteria do teatro, que abre uma hora antes do início da sessão. A apresentação integra a programação do Projeto Cena Aberta, realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC)/SeCArte da UFSC.

SINOPSE

Terras do Brasil, fevereiro de 1808. Salpicando os portos desde a Baía de Todos os Santos até a Baía da Guanabara, surge em frangalhos à frota que, saída de Lisboa às pressas na manhã de 27 de novembro de 1807, pelas águas providenciais do Tejo, rasgara desordenadamente o Oceano Atlântico, trazendo consigo todas as gentes nobres de que se tem notícia, e com essas gentes todo ouro e prata, toda pedra e outras riquezas que mais não vieram por falta de espaço.

Causara a debandada, a invasão de tropas vindas da França por ordens do Imperador Napoleão I, com intuitos de subjugar à força o Reino de Portugal, que, por penhor à Inglaterra, resistira à decretação do Bloqueio Continental. À frente da grotesca esquadra, a Real Família Bragança: o príncipe regente Dom João, a princesa Dona Carlota Joaquina, os seus filhos Pedro e Miguel, ainda outras suas filhas, e, por fim, a velha soberana, a rainha Dona Maria I, que já fora chamada “a piedosa”, agora a rainha louca, de mente desordenada.

Aos 74 anos, a senhora soberana aporta em terras tão longínquas quanto estranhas. Relutante em descer da embarcação, permanece por quase três dias à porta de um mundo com o qual travava, durante toda a sua vida e seu reinado, uma relação tão próxima pelo que dele recebia, via e ouvia, e ao mesmo tempo tão distante pelo que dele imaginava em seus momentos de lucidez ou de loucura.

A visão dantesca do Brasil que Dona Maria constrói a partir da janela de seu camarote remonta à visão dos primeiros colonizadores, e que, resguardada a distância dos 300 anos que os separam, pouco mesmo se teria evoluído. Presa na teia das concepções em voga, Dona Maria, por vezes, enquadra o Brasil que está à sua frente nas mesmas categorias as quais se utilizam os seus contemporâneos para a ela mesma enquadrar. Dona Maria vê estranheza, desordem, insanidade diante de si, exatamente o que veem os seus súditos quando diante dela.

Para Dona Maria “a louca”, o mundo que ora se lhe apresenta é intrigantemente “louco”. Neste cenário, onde, solitária e distante das regras que permeiam a sua condição de monarca, espectadora privilegiada e ao mesmo tempo personagem principal, Dona Maria revisita a sua própria tragédia.

 

Sobre a peça, segundo o ator e diretor

“Dona Maria, a Louca” foi escrita por Cunha, entre 1998 e 1999, com a colaboração da historiadora Ivonete da Silva Souza na pesquisa histórica e, em meados de 1999, estreou em Florianópolis, numa montagem do Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz, com atuação premiada da atriz Berna Sant’Anna, direção de José Pio Borges, cenário e iluminação do saudoso Sylvio Mantovani e música composta pelo maestro Carlos Alberto Vieira.

As primeiras apresentações ocorreram no Teatro da UFSC em evento acadêmico, e, em seguida, a peça fez temporada no Teatro da UBRO, logo após a sua reforma, porém, antes da inauguração. Em 2002 o texto recebeu montagem em São Paulo, com a atriz Marisa Hipólito sob a direção de Jairo Maciel, e em 2011 estreou em Portugal, com atuação e direção da grande atriz portuguesa Maria do Céu Guerra.

A montagem portuguesa, que garantiu a Maria do Céu o prêmio nacional Santareno de melhor atriz de teatro de 2011, fez longa carreira de sucesso naquele país e excursionou por Santa Catarina e Rio de Janeiro, em 2012. A peça foi publicada pelo autor em 2004, juntamente com outras duas, no livro Três D(r)amas Possíveis.

Segundo o diretor da peça, raramente a comunidade tem a oportunidade de assistir à leitura de uma obra feita pelo próprio autor. Isto é comum em outros países, mas raro no Brasil. O espetáculo é uma forma de apreciar e ter contato com o texto artístico elaborado sobre bases históricas sólidas. É teatro, é literatura, é história, é reflexão, é passado e é presente. É a atemporalidade que só a arte consegue estruturar e expor.

 

Sobre o diretor

Antônio Cunha é dramaturgo, diretor e ator e tem o seu nome vinculado a diversas produções de companhias teatrais como os Grupos Armação e O Dromedário Loquaz, de Florianópolis. Formado em Sociologia pela UFSC, dedica-se às Artes Cênicas há 40 anos. Sua formação na área é autodidata.

Durante esse tempo, com esforço particular, tem buscado e pesquisado o material necessário para a sua formação, participando de encontros, debates, publicações e produções na área. São de sua autoria, além de “Dona Maria, a Louca”, as peças “As Quatro Estações” e “Flores de Inverno”, as três publicadas no livro “Três Dramas Possíveis”, bem como “Contestado – A Guerra do Dragão de Fogo Contra o Exército Encantado”, “Eu Confesso!” e “Crime”.

Como ator, tem passagens pelo teatro e pelo cinema catarinense. Como diretor de teatro, assinou a montagem de várias peças suas e de outros autores, como “Uma Visita” (do alemão Martin Walser), “Sonho de Uma Noite de Velório” e “Sopros de Paz e Guerra” (ambas de Odir Ramos da Costa).

Nos anos 1980 recebeu prêmios locais como autor, diretor e ator. Em 1999 recebeu o Prêmio Plínio Marcos de Dramaturgia no Festival Nacional de Teatro de Lages (SC) pelo texto Dona Maria, a Louca. Desde 2016 é presidente da Academia Catarinense de Letras e Artes – ACLA.

 

Alguns comentários sobre a peça:

“O texto ‘Dona Maria, a Louca’, objeto de montagem recente do Grupo Dromedário Loquaz, e agraciado com o prêmio de dramaturgia Plínio Marcos, no 25º Festival de Teatro de Lages, em novembro último, revela o avanço alcançado pelo dramaturgo Antônio Cunha em sua trajetória”. (de Artigo de Eliane Lisboa – Anexo – Jornal A Notícia – 2000)

 

“A sua peça é um Hamlet sem o benefício da dúvida”. (Tereza Rachel, atriz, em carta ao autor)

 

“Para nós que adoramos esta Terra, o seu passado, as suas histórias, a nossa Lisboa, o nosso futuro, o nosso presente por pouco sorridente que ele nos pareça, esta peça maravilhosamente escrita por António Cunha, um brasileiro de Florianópolis, não nos vai deixar iguais. Estudando a fundo a “loucura” de D. Maria I, ele fez o apaixonado texto que a nossa rainha merecia. E o público terá oportunidade de conhecer melhor a 1ª mulher que ocupou o trono, não como consorte, mas reinando de facto em Portugal.” (Grupo A Barraca – Lisboa – Portugal – 2011).

 

“PENSO, LOGO PECO: D. Maria, a Louca de Maria do Céu Guerra n’A Barraca, com um excelente texto de Antônio Cunha. (…) aqui claramente está Lady Macbeth a lavar as mãos, esta não do sangue do crime mas da sujidade da culpa que a água benta teima em não limpar. Seria interessante seguir o tema da sujidade no texto (“Se vazia fosse, pura seria”). Aliás, este texto é uma prenda oferecida ao público (…)” (A Mesa de Luz – blog – Portugal – 2011)

 

“O TEATRO POPULAR ESTÁ VIVO: A Barraca tem agora em cena “D. Maria, a Louca”, uma peça do autor brasileiro António Cunha (…) A encenação e a interpretação são da responsabilidade de Maria do Céu Guerra. A encenação é sóbria mas adequada ao acompanhamento da peça, enquanto a interpretação que se estende a solo por cerca de 100 minutos, é verdadeiramente notável. Em tempos da “ditadura do audiovisual”, o teatro popular mostra que está realmente vivo e esta tão recomendável peça, é a prova disso!” (Rua dos Navegantes – blog – Portugal – 2011)

 

A Louca… Onde estão os loucos? Quem são os loucos? Por que são loucos os loucos? São apenas algumas questões que trazemos na mente e na bagagem, depois de sermos agarrados pela magnífica interpretação de Maria do Céu Guerra. Uma peça que prima pela simplicidade no cenário e uma enorme complexidade interpretativa. Maria do Céu Guerra interpreta a rainha Dona Maria I. Em vários momentos de insanidade da rainha, somos levados a refletir, na imposição monárquica, na ganância individual e coletiva, assim como a relação entre religião e monarquia. Somos levados ao ser humano que se encontra por detrás da cortina da rainha… Um monólogo de duas horas. Um texto de uma complexidade colossal. Uma interpretação brilhante!!  (MyOtherside-Sutra – blog – Portugal – 2011)

 

“Eu adoraria que essa peça fosse portuguesa; não é, é brasileira, olha, é brasileira, porque eu acho que a D. Maria I merecia que essa peça fosse feita por portugueses, e nós não a fizemos.”  (Maria do Céu Guerra – Entrevista para Revista Osíris – M. Vasques e R. da Cunha, 2012).

 

“O dramaturgo catarinense ao fazer o retrato de uma rainha louca/lúcida se integra ao novo pensar sobre o passado da coroa portuguesa. Mas, a esse autor coube a primazia de criar uma obra teatral que refaz esse percurso pelo sensível.”  (Vera Collaço – O corpo senil de dona Maria I na composição cênica de Berna Sant’Anna – Artigo apresentado no XXVII Simpósio Nacional de História, 2015).

 

SERVIÇO:

O QUE: Apresentação do espetáculo teatral “Dona Maria, a Louca”.

QUANDO: dias 29 e 30 de março de 2019 (sexta-feira e sábado), às 20h30.

ONDE: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis (SC).

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria do teatro, que abre uma hora antes do início das apresentações.

DURAÇÃO: 80 minutos

Classificação Indicativa: 12 anos

CONTATO: Produção: Telefone: (48) 98404-4118 – E-mail: /

 

Matheus Bonfim/ Estagiário de Jornalismo/ DAC/ SeCArte/ UFSC, com textos e fotos da direção do espetáculo

 

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Banda Calafate se apresenta pela quinta vez no Projeto 12:30 nesta quarta-feira, 27/03

25/03/2019 02:08

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A banda Calafate se apresenta novamente no palco do Projeto 12:30. O repertório será composto por músicas autorais e de grandes nomes da música – como Bob Marley, Steve Wonder e Jimi Hendrix. A apresentação é gratuita e aberta à comunidade, e acontece ao lado do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, às 12h30min.

 

 

A Banda

De sessões de improvisação aos palcos. Tudo começou em 2015 quando os músicos Matheus e Luigi passaram a morar juntos na Rua do Calafate, no bairro Pantanal. A convivência entre os grupos de amizade dos dois em festas na residência levaram a Jam Sessions – encontros de improviso. E assim a banda começava a ser formada.

Ao longo de apresentações em eventos como um happy hour do curso de Biologia da UFSC e a festa Tribos, o grupo ganhou novos componentes e teve sua composição alterada. A identidade musical dos Calafates mistura influências do blues, funk, reggae, jazz, samba, rock, maracatu e capoeira.

Em julho de 2016, os músicos realizaram uma turnê pela Argentina. Atualmente, a banda busca desenvolver seu primeiro CD, apenas com músicas autorais. Algumas músicas por eles compostas são “Biblioteca do Universo” e “Trombeta dos Anjos”.

Os integrantes

André Poletto (guitarrista)

“Cresci sobre a influência de muito rock’n’roll”. André teve, inicialmente, contato com bandas como Led Zeppelin e Pink Floyd. Ao começar a conviver com os Calafates, desenvolveu uma admiração pelo Reggae, Blues e ritmos africanos. Dentre os artistas brasileiros, gosta de Tim Maia, Adoniram Barbosa e Zé Ramalho, por exemplo.

Christiano Poletto (vocalista e tecladista)

Suas influências vão do Rock, Jazz, até os ritmos latino-americanos, como maracatu e cumbia. Dentre os artistas e bandas em quem se inspira, estão Cat Power, Sly, Tim Maia, Led Zeppelin e a Orquestra Sasasa. Ele busca integrar as características de cada ritmo de forma que eles possam transformar sua maneira de pensar, viver e tocar.

Cristhian Limbacher (baterista)

O interesse pela bateria começou através do Punk Rock. Mas logo Cristhian entrou em contato com o Reggae, inicialmente com bandas nacionais – como Ponto de Equilíbrio e Mato Seco –, depois passou para as internacionais – como The Congos, Midnite e Bob Marley. A convivência com os Calafates o fez desenvolver um gosto pela Funk Music, Tim Maia, Blues, Jimmy Hendrix, entre outros.

Jorge (saxofonista)

Teve influência musical do Reggae, através de canções de Bob Marley, The Congos, assim como do Jazz e do Blues. Ao entrar em contato com a Banda Calafate, desenvolveu um gosto pelo Funk Soul e aprofundou-se mais no Jazz.

Luigi (baixista)

Sua maneira de tocar veio de influências nacionais – como Mutantes, Expresso Rural, Seu Jorge, Tim Maia –, e internacionais – como The Beatles, Bob Marley, Funkadelic e Bob Marley. Luigi também absorveu muito de músicas folclóricas da região serrana.

Matheus (guitarrista, vocalista e compositor)

“Biodiversidade, há muita miscelânea, muita mistura, fui me tornando cada vez mais eclético.” Matheus, em sua infância e adolescência, escutou muito Rock nacional e internacional. As letras de Raul Seixas, John Lennon, Bob Marley e de Rappers brasileiros sempre o interessaram. Também é apaixonado pelos ritmos africanos, principalmente os que fundem instrumentos tribais aos metálicos. Dessa junção de diversos ritmos e influências, ele ajuda a promover a cena autoral da Banda Calafate.

 

Projeto 12:30

Realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC) da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Projeto 12:30 apresenta, quinzenalmente, às quartas-feiras, durante o período letivo, atrações culturais gratuitas, como música, dança e teatro, junto à Praça da Cidadania, ao lado do Centro de Cultura e Eventos, na UFSC. Para além de atrações musicais, o Projeto 12:30 pode receber outras linguagens artísticas, como dança e teatro de rua, desde que compatíveis com a infraestrutura disponível. Artistas e grupos interessados em se apresentar no Projeto devem entrar em contato com o DAC pelos telefones (48) 3721-2497, 3721-9447 e 3721-3853 / www.dac.ufsc.br – pelo e-mail:

 

SERVIÇO

O QUÊ: apresentação da banda Calafate

QUANDO: dia 27 de março de 2019, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30, ao Lado do Centro de Cultura e Eventos, Praça da Cidadania, Campus da UFSC, Trindade, Florianópolis (SC).

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO: Projeto 12:30: Departamento Artístico Cultural (DAC) / Igrejinha da UFSC, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis (SC) / (48) 3721-2497, 3721-9447 e 3721-3853 / www.dac.ufsc.br / E-mail:

Leon Ferrari / Bolsista Acadêmico de Jornalismo/ DAC/SeCArte/UFSC / com texto e foto da banda

 

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21/03/2019 23:34

Madrigal e Orquestra de Câmara da UFSC participam da solenidade comemorativa dos 5 anos da UFSC Blumenau. Clic na imagem e saiba mais.

09/03/2019 23:16

Inscrições para Cursos e Oficinas de Arte 2019-1. Abertas a toda a comunidade. Confira a programação do semestre.  Clic na imagem e saiba mais.

09/03/2019 23:14

‘Coisas estranhas acontecem…’, reapresentação da exposição fotográfica no Hall da Reitoria da UFSC, de 11 a 22/03. Clic na imagem e saiba mais.

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