Histórico do DAC

Departamento Artístico Cultural da UFSC

Departamento Artístico Cultural da UFSC

A origem do Departamento Artístico Cultural nos remete ao início da UFSC, que criou o seu brasão com a insígnia Artes e Ciências. Este interesse pelo setor artístico não se limitou, logicamente, ao emblema, mas evidencia uma preocupação dos idealizadores da Universidade Federal, com esta área.

Na verdade, desde a sua criação, em 1960, a Universidade Federal de Santa Catarina sempre funcionou como uma instituição para a qual convergiu grande parte da produção e da promoção artística catarinense, reunindo em torno de si artistas, pensadores, produtores, enfim, pessoas que formaram os principais movimentos culturais no estado. A vanguarda artística catarinense daquele período esteve, direta ou indiretamente, ligada à UFSC.

Mesmo nos primeiros anos de existência da Universidade já se podia distinguir grupos interessados em teatro, música, cinema e artes plásticas. Assim, nasce o Coral da UFSC, em 1963, seguido da criação do cine-clube, curso de interpretação teatral e as primeiras coletivas de Artes Plásticas.

Procurando estruturar melhor a área artística, a UFSC cria, em 1971, os Setores de Manifestações Artísticas (fotografia, cinema e artes plásticas) e Educação Musical, que tiveram, a seu tempo, atividades marcantes na vida da Universidade.

No fim dos anos 70, com o crescimento da Universidade, os dois setores existentes já não atendiam à demanda pelas artes. É criado, então, em 1977, a Seção de Atividades Artísticas.

Tentando resolver o problema da falta de espaço físico, para a recém criada Seção, atendendo às necessidades do Coral da UFSC e dos cursos e oficinas de arte, a UFSC destina, no ano seguinte, o prédio da antiga igreja da Trindade e da respectiva Casa do Divino, completamente restaurados, ao novo setor.

Em 1979, também o prédio do antigo Salão Paroquial é entregue à Seção e transformado no Teatro da UFSC, num resultado do esforço conjunto do Grupo Pesquisa Teatro Novo em criar um espaço para atividades cênicas dentro da Universidade, com recursos captados junto ao Instituto Nacional de Artes Cênicas.

Em 1979, a nomenclatura é alterada para Núcleo de Atividades Artísticas e Culturais – NAAC. No ano seguinte, outra mudança: cria-se o Departamento de Assuntos Culturais – DAC, vinculado à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e de Extensão, sendo o NAAC subordinado ao Departamento, então, recém criado.

Em 1984, com a mudança da estrutura da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão, extinguem-se o Departamento de Assuntos Culturais e o Núcleo de Atividades Artísticas e Culturais, criando-se o Departamento de Apoio à Extensão e, subordinado a este, é implantada a Divisão de Atividades Artísticas e Culturais.

O crescente interesse pelas atividades artísticas provoca, em 1988, mudanças significativas na estrutura organizacional da UFSC. É criada, então, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, e a Divisão de Atividades Artísticas e Culturais é transformada em Departamento Artístico Cultural- DAC.

Nesse período, o DAC amplia significativamente sua atuação: implantam-se a Galeria de Arte, o Núcleo de Cinema e o Teatro recebem novas melhorias.

A partir de então a UFSC segue ocupando, com destaque, sua posição de referencial das artes no Estado de Santa Catarina. É bem verdade que a história acadêmica demonstra um direcionamento maior da universidade para a área técnica.

Em 2008, a UFSC dá novo impulso à área artístico-cultural e cria a Secretaria de Cultura e Arte, que congrega o DAC e outros órgãos e setores culturais da Universidade. Nesse contexto, é criado o Madrigal, a Orquestra de Câmara e o Núcleo de Documentário, todos coordenados pelo DAC. A Galeria de Arte fecha para reforma. Vários projetos de produção e difusão cultural são incentivados.

Em 2012,  a unidade da UFSC ao qual o DAC está vinculado passa a se chamar Secretaria de Cultura, voltando ao nome de Secretaria de Cultura e Arte a partir de maio de 2016.

A despeito de a Universidade Federal de Santa Catarina ser a origem de diversos movimentos culturais expressivos, bem como das faculdades de Artes Plásticas e Artes Cênicas existentes no estado, o Departamento Artístico Cultural, ainda carece de uma infra-estrutura à altura da posição da Universidade.