Festival Isnard Azevedo: ‘Dona Bilica e o Boi de Mamão em fantoches’ no Teatro da UFSC, dia 27/9

24/09/2019 02:05

 

Foto de Chris Mayer

O Teatro da UFSC recebe o espetáculo “Dona Bilica e o Boi de Mamão em fantoches”, da Pé de Vento Cia. de Teatro, de Florianópolis, no dia 27 de setembro, sexta-feira, às 14h30. A peça, no gênero comédia e cultura popular, é de autoria das atrizes Vanderléia Will, também diretora, e de Fernanda Giacomini. Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos uma hora antes do início da sessão.

Produzida há cerca de um ano, a montagem teatral, integrando o projeto “Dona Bilica Açoriana”, foi contemplada em edital do Fundo Municipal de Cultura, tendo percorrido escolas de diversos bairros de Florianópolis, neste ano.

A apresentação integra a Mostra Oficial do Floripa Teatro – 24º Festival Isnard Azevedo , realizado em parcerias com instituições e espaços culturais da cidade. A apresentação na Universidade tem parceria com o Departamento Artístico Cultural (DAC)/SeCArte da UFSC.

Obs.: Os espetáculos infantis do Festival, em horário diurno, em dias úteis, são destinados preferencialmente para agendamento de escolas; entretanto, serão disponibilizados alguns ingressos para o público em geral.

Sinopse

Baseado em estórias de tradição oral, manifestações folclóricas e cantigas antigas presentes no litoral catarinense, o espetáculo é encenado pela hilariante personagem Dona Bilica e a sua companheira atrapalhada, a palhaça Pina Blue. Dona Bilica quer contar as suas estórias, afinal ela sempre foi uma boa contadora de estórias, seus causos de bruxas são os melhores, mas a palhaça Pina Blue é muito atrapalhada e não este encontrando o boizinho que ela quer mostrar para brincar com as crianças.

Sobre a Pé de Vento Cia. de Teatro

Sempre na vanguarda desde a sua fundação em 1999, a Cia. caracteriza-se por sua constante pesquisa em busca de uma linguagem própria, popular e universal, tendo, como veiculo, a comicidade, e, como objetivo, atingir todas as camadas da sociedade, independentemente da idade, grau cultural ou econômico. Em seus projetos a preocupação central é a inclusão das populações menos favorecidas economicamente, historicamente excluídas dos bens culturais.

Está em permanente intercâmbio com companhias teatrais de relevante experiência no Brasil e no exterior, fruto disso é a realização do Festival Internacional de Palhaços Ri Catarina, realizado anualmente em Florianópolis, que traz consagrados artistas nacionais e de outros países para a cidade. Realiza dezenas de apresentações ao ano, tendo se apresentado em várias capitais brasileiras, das mais diversas regiões, além de cidades de outros países, como Estados Unidos, Espanha, Portugal, Áustria, Argentina, México e Andorra.

Durante muitos anos, a Cia. tem realizado projetos através de Lei Municipal e Federal de Incentivo à Cultura, tendo recebido diversos Prêmios FUNARTE.

As atrizes

Vanderléia Will – Graduada em Artes Cênicas pela Universidade do Estado de Santa Catarina, é fundadora, atriz e produtora da Cia. Pé de Vento de Teatro, grupo que possui um repertório de espetáculos e projetos diversos. O espetáculo mais conhecido é o “De Malas Prontas”, do qual Vanderléia recebeu prêmios como melhor atriz nos diversos festivais de que participou. Com a Cia., idealizou, criou e produziu projetos importantes para a formação e a difusão da palhaçaria no Brasil. Pesquisadora de músicas, poesias, ditos e histórias da cultura popular de Florianópolis, é criadora da famosa e hilariante personagem Dona Bilica, que faz muito sucesso há mais de 25 anos. Recebeu em 2016 a Medalha do Mérito Cultural Francisco Dias Velho, concedida pela Câmara de Vereadores de Florianópolis, pela sua contribuição à arte e à cultura da cidade. Em 2013 recebeu o Prêmio Waldir Brazil, concedido pela Academia de Letras e Artes de Santa Catarina, como destaque do ano em teatro.

Fernanda Giacomini – Pina Blue é a palhaça da atriz Fernanda Giacomini. Atriz, palhaça, professora de teatro e produtora. É graduada em Teatro: Licenciatura pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Iniciou sua trajetória artística em 2002, tendo 17 anos de experiência na área teatral e 13 anos ministrando aulas de teatro. Integrou vários grupos teatrais. A pesquisa e o trabalho do ator sempre foram buscas constantes no seu fazer teatral, tendo realizado cursos com diversos profissionais do Brasil e do exterior. Com a sua palhaça Pina Blue tem o espetáculo solo “O Mundo Fantástico de Pina Blue”, “As Manas”, contemplado pelo Prêmio Elisabete Anderle 2017, e o “Gran Circo” dirigidos por Vanderléia Will, com quem atua em parceria em projetos há 4 anos, e participa do coletivo de mulheres palhaças com o espetáculo “Deusas do Riso”.

Festival Isnard Azevedo 2019

O Floripa Teatro – Festival Isnard Azevedo é uma realização da Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Juventude, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, e Ministério da Cidadania – Governo Federal. Patrocínio: Engie. Apoio: CEART/UDESC, SESC/SC, Fundação Catarinense de Cultura, Governo do Estado de Santa Catarina. O evento acontece até 29 de setembro de 2019, na Capital.

Serviço:

O quê: Espetáculo “Dona Bilica e o Boi de Mamão em fantoches”, Pé de Vento Cia. de Teatro, de Florianópolis.
Quando: dia 27 de setembro de 2019, sexta-feira, às 14h30.
Duração: 45 minutos.
Classificação Indicativa: a partir de 2 anos.
Onde: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), Praça Santos Dumont / Rua Desembargador Vítor Lima, 117, Trindade, Florianópolis (SC).
Quanto: Entrada franca, por ondem de chegada. Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos uma hora antes do início da sessão. (capacidade do Teatro: 108 pessoas)
Obs.: Os espetáculos infantis do Festival, em horário diurno, em dias úteis, são destinados preferencialmente para agendamento de escolas; entretanto, serão disponibilizados alguns ingressos para o público em geral.
Contato: Departamento Artístico Cultural: telefones (48) 3721-6493, 3721-9447 e 3721–2498 — www.dac.ufsc.br

Cia. Pé de Vento Teatro: https://www.facebook.com/ciapedeventoteatro/

Mais sobre o Festival em www.floripateatro.com.br

[CW] DAC/SeCArte/UFSC, com texto e fotos da direção do espetáculo, e colaboração de Matheus Bonfim, acadêmico de Jornalismo da UFSC

 

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Festival Isnard Azevedo: Teatro da UFSC recebe ‘Habite-me’, espetáculo de formas animadas, dia 28/9, às 20h

24/09/2019 01:58

 

“Habite-me”. Foto de Paulo Balardim

O Teatro da UFSC recebe “Habite-me”, dia 28 de setembro, sábado, às 20 horas, gratuito e aberto à comunidade. Co-produção de Cia. do Brasil e do Canadá, o espetáculo de teatro de formas animadas, máscaras e dança, mescla corpo vivo e corpos inanimados que se habitam na busca de uma completude insólita e labiríntica. Trabalho solo da atriz Carolina Garcia, com direção de Paulo Balardim. 

A apresentação integra a Mostra Oficial do Floripa Teatro – 24º Festival Isnard Azevedo , realizado em parcerias com instituições e espaços “culturais da cidade. A apresentação na Universidade tem parceria com o Departamento Artístico Cultural (DAC)/SeCArte da UFSC.

Projeto com parceria internacional

O trabalho iniciou por meio de um programa-piloto de pesquisa e criação para atores-animadores profissionais do Québec (Canadá) e do Brasil, numa parceria entre Conseil des Arts de Montréal (CAM), Festival Casteliers e l’arrondissement d’Outremont em colaboração com o Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo (Morro Reuter/RS).

O projeto de Carolina Garcia, contemplado nesse programa-piloto, começou em Québec, em janeiro de 2017, ocasião em que a ele somaram-se as participações de Émilie Racine, artista plástica e marionetista, Laurence Castonguay, especialista em mimo corpóreo e professora da Université du Québec à Montréal (UQÀM), e Paulo Balardim, diretor e professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

No decorrer de 2017, a pesquisa aprofundou-se, e, em janeiro de 2018, foi iniciada a construção do espetáculo, com nova parceria internacional que propiciou a vinda das artistas canadenses para o Brasil. Nessa altura, novos artistas foram incorporados ao processo: a pesquisa de objetos para a ação, do artista plástico Élcio Rossini (Porto Alegre/RS) contribuiu com a presença de infláveis que possibilitaram novos signos à cena; com músicas originais de Tuur Forizoone (Bruxelas/Bélgica) os figurinos de Cristina Lisot (Caxias do Sul/RS) colaboraram para a unidade do conjunto.

O espetáculo realizou residência no Festival de Máscaras do Cariri/Ceará, fazendo uma residência de sete dias unindo os profissionais do Brasil e do Canadá, com uma apresentação aberta ao público. Em 2019, em maio, realizou uma apresentação no Encontro PROVOCAÇÃO no CEART-UDESC/SC); em agosto, fez temporada do SESC Copacabana, no Rio de Janeiro.

“Habite-me”. Duas mortes. Foto de Marcelo Paes de Carvalho

Sinopse

Conduzido por um fio narrativo musical, a dramaturgia é dividida em três quadros, nos quais o texto emana dos movimentos da atriz. Os elementos de cena almejam estimular o espectador a sentir e encontrar sentidos na cadeia de personagens que surgem e se desfazem de um quadro a outro, intercalados por um espaço moldável pelo ar, por meio de infláveis, numa alusão à efemeridade do tempo que nos absorve e à inconstância da matéria.

No primeiro quadro, os enamorados, o relacionamento de um casal de idosos que encontram o valor duradouro do amor mesmo que tenham consciência da brevidade da vida. A solidão, o amor, a memória e a reflexão sobre o passado são tônicas da cena. No segundo, o eterno retorno, o ciclo que nos faz passar de um estado/condição a outro, a volatilidade do tempo e nossa perplexidade diante do inevitável. No terceiro quadro, o inocente, a liberdade, o sonho e a esperança que nos inspiram com o surgimento do novo, em contraponto com os medos e dúvidas que eles nos geram.

Realidade em transformação

O espetáculo opera num universo de imagens que oscilam entre a atriz marionetizada e o boneco animado num espaço disforme e maleável, como uma realidade em constante transformação. Habitar confunde-se com ser habitado. O receptáculo é o corpo humano, investido de máscaras e bonecos que, por meio das relações entre esses elementos com o espaço, com a luz e a música, percorre o tema da habitação e angaria um sentido onírico e metafísico, ao associar-se com a vida e com a morte bem como com a sensação de pertencimento que nos preenche quando encontramos sentido em algo que nos completa.

Depoimentos

“A beleza do espetáculo consiste na ruptura desta fina barreira entre móvel e imóvel, entre vivo e morto. A beleza de poder ver vida onde acreditamos que não deveria haver”. (Eduardo Nunes – cineasta)

“‘Habite-me’ nos oferece abrigo, em meio a esta tormenta que está aí, propalada aos quatros ventos, nos angustiando dia após dia.” (Sandro Mello – dramaturgo, diretor e ator)

“‘Habite-me’ é uma obra imagética, que através do abstrato que é palpável, nos dá a verdadeira dimensão de uma ética que tem que ser cultuada e colocada em prática, mesmo com a morte e a brevidade das coisas nos desafiando. É um espetáculo necessário! ”  (Francis Fachetti  – coreógrafo, bailarino e crítico)

“Carolina Garcia, em sua grandeza poética, usa a linguagem como meio de estabelecer no seu exercício a significação e a perversão da realidade. Vida para além da morte / morte para além da vida. Virtuose, construção física e espacial delicada e potente. uma joia”. (Ricardo Santos – diretor e ator)

Ficha Técnica:
Atuação e Pesquisa: Carolna Garica Marques
Direção e Dramaturgia: Paulo Balardim
Bonecos e Máscaras: Emilie Racine
Trilha Sonora Original: Tuur Florizoone
Cenografia: Elcio Rossini
Figurinos: Cris Lisot
Criação de Luz: Renato Machado
Preparação Corporal: Márcia Pinheiro e Laurence Castonguay
Ensaístas: Elaine Juteau, Laurence Castonguay e Wilson Neto
Operação de Luz: Luana Pasquimel – Rodrigo Oliveira e Hebert Said (standby)
Operação de Infláveis e Som: Wilson Neto – Antonio Maggionni  (standby)
Arte Gráfica: Jessica Barbosa
Cias. em Co-Produção: Cia 4 produções (Brasi) e Territoire 80 (Canadá)

Carolina Garcia (atuação e pesquisa) – Artista multidisciplinar, fundadora e gestora do Espaço de Residência Artística Vale Arvoredo. Coordena o Núcleo de Pesquisa em Formas Animadas/EAB e as atividades de intercâmbio e formação do Festival Cena Brasil Internacional. Educadora somática Feldenkrais na Faculdade Angel Vianna. Pós-graduada em Economia da Cultura UFRGS/RS e graduada em licenciatura em Artes Cênicas DAD/UFRGS.

Paulo Balardim (direção e dramaturgia) – Professor adjunto na área de Prática Teatral – Teatro de Animação e do Programa de Pós-graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina. Doutor em Artes Cênicas (PPGT/UDESC), Mestre em Artes Cênicas (PPGAC/UFRGS), licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (ULBRA). Diretor, ator e cenógrafo da companhia teatral Caixa do Elefante Teatro de Bonecos (1991-2016). Foi Presidente da Associação Gaúcha de Teatro de Bonecos (2002 e 2003).

Serviço:

O quê: Apresentação do espetáculo de formas animadas “Habite-me”, com a atriz Carolina Garcia, na Mostra Oficial do Floripa Teatro.
Quando: dia 28 de setembro de 2019, sábado, às 20 horas.
Onde: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), Praça Santos Dumont / Rua Desembargador Vítor Lima, 117, Trindade, Florianópolis (SC).
Quanto: Entrada franca, por ondem de chegada. Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos uma hora antes do início da sessão. (Capacidade do Teatro: 108 pessoas)
Gênero: teatro de máscaras, bonecos e dança / Duração: 45min / Classificação Indicativa: a partir de 14 anos
Contato: Departamento Artístico Cultural: telefones (48) 3721-6493, 3721-9447 e 3721–2498 — www.dac.ufsc.br

Carolina Garcia Marques: Skype: carolina.garcia.marques / www.valearvoredo.com.br

Teaser de “Habite-me”:
https://www.youtube.com/watch?v=diubaCplSPE&feature=youtu.be

Mais sobre o Festival em www.floripateatro.com.br

[CW] DAC/SeCArte/UFSC, com textos e fotos da produção do espetáculo

 

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18/09/2019 16:46

FLORIPA TEATRO – Espetáculo da Colômbia abre sessões do Festival Isnard Azevedo no Teatro da UFSC, dia 17/9. Clic na imagem e saiba mais.

18/09/2019 16:44

(Apresentação Cancelada) ‘Projeto Carolino’ volta ao palco do Projeto 12:30, dia 18/9. Gratuito e aberto à comunidade. Clic na imagem e saiba mais.

Espetáculo “Alguém Sabe Quem é Quem?” na programação do Festival Isnard Azevedo, no Teatro da UFSC, 22 e 23/9

18/09/2019 16:30

 

Cena da montagem. Foto: Carmen Fossari

O Teatro da UFSC recebe a peça “Alguém Sabe Quem é Quem?”, espetáculo do Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC, nos dias 22 e 23 de setembro, domingo e segunda-feira, na Sessão Maldita, às 24 horas. O premiado texto de Sérgio Meurer aborda uma temática importante da sociedade: os refugiados/imigrantes no país. Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos uma hora antes do início da sessão.

A apresentação integra a programação do Floripa Teatro – 24º Festival Isnard Azevedo  – mostra de diversidade teatral que contempla apresentações teatrais de espetáculos de teatro infantil, teatro infanto-juvenil, teatro adulto, teatro de rua e circo-teatro dos mais variados gêneros e formatos, em parcerias com instituições e espaços culturais da cidade. O evento acontece de 8 a 29 de setembro de 2019 na Capital. A apresentação na Universidade tem parceria com o Departamento Artístico Cultural (DAC)/SeCArte da UFSC.

Sinopse

O espetáculo apresenta uma reflexão sobre refugiados e imigrantes na contemporaneidade pontuando encontros e semelhanças naquilo que parece estranho, evitando rótulos rasos sobre qualquer pessoa. O aposentado Geraldo é um imigrante que se mudou para o Brasil ainda criança, quando sua família fugiu da guerra. Gérard é um refugiado, vítima das catástrofes que assolaram o Haiti, que trabalha no Edifício onde mora Geraldo. A rejeição dos moradores do edifício com o trabalhador estrangeiro e a presença de outros núcleos migratórios pontuam a peça.

Por que encenamos esse texto? — segundo a diretora Carmen Fossari

“Porque se não soubermos pelo coração quem é quem, estamos construindo um país do não, do ódio, da intolerância, segregacionista. Queremos, pelo viés humano, um Brasil tolerante, amoroso! Que a arte cumpra sua urgente função social nos difíceis dias que vivemos.

A produção do espetáculo

Logo que a diretora leu o texto, teve o primeiro intuito de trabalhar com um imigrante haitiano, pois é muito atenta a esse núcleo e, por alguns meses, o Grupo contou com a presença do amigo Mackendy Emmanuel, com a esperança de que ele se interessasse em subir ao palco como ator, mas não era a vocação dele. Dessa convivência, o Grupo pode saber a visão dele em relação ao texto, discorrer sobre a cultura haitiana, e também fez perceber da alegria que a espiritualidade imprime à cultura haitiana. A peça reúne dois grandes atores, que já haviam protagonizado montagens anteriores do Grupo Pesquisa Teatro Novo, a saber: Adriano de Brito, que interpretou Cruz e Sousa na peça Vozes Veladas, e Marcos Willerding, que interpretou Pai Ubu, na peça Ubu Rei.

Linguagens e recursos usados na encenação

Das inúmeras montagens do Grupo Pesquisa Teatro Novo está certamente foi a que encontrou muitas dificuldades, coincidindo com um processo que as universidades têm sofrido. Um momento difícil num país que apregoa que a Ciência não é mais relevante, que o saber pode ser dispensado dentre outros temas medievais que saem da escuridão e pulam dentro das redes como fachos de fogueiras para queimar bruxas e bruxos…

Tais dificuldades coincidem com esse universo difícil que vivem os refugiados e imigrantes. Essa montagem acontece porque contou com a energia e a generosidade de todos os artistas envolvidos. A arte imita a vida, ou a vida imita a arte? Diante deste cenário, um desafio: buscar na arte linguagens para um tratamento estético capaz de traduzirem esse universo tão humano e desumano concomitantemente. Quando a criança refugiada síria AylanKurdi, de três anos de idade, morreu afogado em Bodrun, na Turquia, a fotografia comoveu o mundo, e muitos artistas veicularam via internet ilustrações de suas releituras dessa imagem que virou comoção mundial — não foi nem a primeira nem a última. Algumas daquelas ilustrações foram texturizadas e inseridas na peça. O cineasta Zeca Pires gravou uma cena externa no Mercado Público de Florianópolis com o ator Adriano de Brito que é inserida no espetáculo, provocando um diálogo entre teatro e cinema, muito instigante. O músico e compositor Caco Andara criou uma música a partir do tema dos refugiados e que se transformou em tema da peça: um violão cujas cordas se transformam em lágrimas e esperança. Uma gravura do álbum “Florianópolis de Ontem”, de Domingos Fossari, foi inserida como elemento cenográfico para a ambientação histórica.

Como é característica do Grupo Pesquisa Teatro Novo, o público sempre é surpreendido com encenações marcantes, com uma estética que prima pelo diálogo entre a palavra e a forma posta em cena. Essa montagem segue esse caminho, e para tanto recorre a interpretações magistrais de um excelente elenco, recursos de pantomima, cenário interativo, audiovisual, uma trilha sonora original e também de pesquisa de um som incidental. Os ambientes se mesclam com imagens projetadas que muitas vezes se tornam o próprio cenário. Por se tratar de um tema humano denso, a preocupação da direção foi trazer o texto de forma onírica, trazendo a denúncia sem se afastar da linguagem estéticaque a arte também evoca!

Elenco:
Adriano de Brito
Marcos Willerding
Beth Nogueira
Marlete Duarte
Arthur Folkovski
Muriel Martins
Pedro Seolin
Maurício Leão

Ficha Técnica:
Cenografia: Marcos Carioni
Cena filmada: Zeca Pires
Montagem de Luz: Luciano Bueno de Oliveira
Música Original Violão: Caco Andara
Pesquisa: Grupo Pesquisa Teatro Novo (GPTN) da UFSC
Colaborador (cultura haitiana): Mackendy Emmanuel
Figurino: Acervo GPTN
Apoio no Figurino: Marlete
Maquiagem: Grupo Pesquisa Teatro Novo
Operador de Som: Márcio Tessmann
Desenho de Luz, Trilha Sonora e Texturização das Imagens: Calu
Apoio de bastidores: Eugenia Reksua e Cristhofer Laurindo
Fotos: Carmen Fossari
Agradecimentos: Departamento Artístico Cultural e Secretaria de Cultura e Arte da UFSC

Festival Isnard Azevedo 2019

O Floripa Teatro – Festival Isnard Azevedo é uma realização da Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Juventude, Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, e Ministério da Cidadania – Governo Federal. Patrocínio: Engie. Apoio: CEART/UDESC, SESC/SC, Fundação Catarinense de Cultura, Governo do Estado de Santa Catarina. O evento acontece de 8 a 29 de setembro de 2019 na Capital.

Serviço:

O quê: Apresentação do espetáculo “Alguém Sabe Quem é Quem?”, do Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC, na programação do Floripa Teatro.
Quando: dias 22 e 23 de setembro de 2019, domingo e segunda-feira, na Sessão Maldita, às 24 horas.
Onde: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), Praça Santos Dumont / Rua Desembargador Vítor Lima, 117, Trindade, Florianópolis (SC).
Quanto: Entrada franca, por ondem de chegada. Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos uma hora antes do início da sessão. (Capacidade do Teatro: 108 pessoas)
Gênero: Drama – Duração: 60 minutos – Classificação: 16 anos
Contato: Departamento Artístico Cultural: telefones (48) 3721-6493, 3721-9447 e 3721–2498 — www.dac.ufsc.br

Mais sobre o Festival em www.floripateatro.com.br

Matheus Bonfim / Estagiário de Jornalismo / DAC/SeCArte/UFSC, com texto da direção do espetáculo

 

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