Exposição fotográfica homenageia Lúcio Flávio Giovanella ‘Pixote’, no FAM 2018, dia 19/6

14/06/2018 02:55

.

O fotógrafo Pixote. Foto Divulgação do filme “Manhã”

Abre nesta terça-feira, 19 de junho, a exposição “Pixote: a arte do still no cinema”, uma homenagem ao fotógrafo Lúcio Flávio Giovanella “Pixote”, falecido precocemente no ano passado. A abertura da exposição acontece às 17h30min., no  Hall da Reitoria da UFSC, e a mostra poderá ser visitada até o dia 12 de julho, de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas. A exposição tem curadoria de Pedro MC e Zeca Nunes Pires e é uma realização do Departamento Artístico Cultural (DAC)/SeCArte/UFSC e da Cinemateca Catarinense, com apoio do 22° Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM 2018).

A exposição apresenta 20 painéis, de (40 x 60)cm, com várias imagens de filmes em cada um deles, mais quatro fotos individuais, um painel de abertura, cartazes de filmes e textos de Sylvio Back, Ronaldo dos Santos, Eduardo Paredes.

Lúcio Flávio trabalhou em diversos filmes do cinema catarinense como fotógrafo de cena (still) — profissional que acompanha as filmagens, fazendo o “making of” do trabalho e produzindo fotos para serem usadas para a divulgação na imprensa, cartazes e folders.  O fotógrafo, que “marcou o cinema catarinense e os amigos com seu olhar sensível, solidário e singular”, segundo os curadores da mostra, atuou como still em oito filmes:

Manhã (1989), de Zeca Pires e Norberto Depizzolatti;
Desterro (1991) e Novembrada (1998), de Eduardo Paredes;
Cruz e Sousa, o poeta do Desterro (1998), de Sylvio Back;
O Santo Mágico (2002), de Ronaldo dos Anjos;
Um tiro na asa (2005), de Maria Emília de Azevedo;
Se eu morresse amanhã (2009), de Ricardo Weschenfelder
A Antropóloga (2011), de Zeca Pires

O Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), evento que congrega festival e fórum, na sua 22º  edição, acontece de 19 a 24 de junho no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Acompanhe a programação do evento pelo site www.famdetodos.com.br

 

Fotos relacionadas ao filme  “Manhã”

Lúcio Flávio Giovanella “Pixote” (1961-2017)

“Filho de Eletto e Josefina Giovanella, nasceu em Rio do Sul em 1961. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992), especialista em Estudos da Cultura Contemporânea Imagens e Narrativas pela UFSC (1997) e mestre em Ciências da Linguagem pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) (2010).

De 1984 a 2009, no estúdio fotográfico “Foto Pixote” no Centro de Convivência da UFSC, desenvolveu atividades de produção de audiovisuais, cursos de fotografia e registro das ações do DCE, do movimento estudantil e dos professores da UFSC em distintos períodos ao longo do tempo. Em escolas públicas desenvolveu experiências de alfabetização imagética, proporcionada por oficinas de fotografia introduzindo adolescentes no mundo da fotografia, despertando-os para a linguagem visual e seus princípios éticos e estéticos e para sua compreensão como construto social.

Em sua dissertação de mestrado “O Político nos Filmes A Novembrada e Cruz e Sousa, o Poeta do Desterro: uma análise discursiva”, analisa a cinematografia catarinense cujo elemento político é constitutivo da forma como se faz a imbricação material dos registros de base e cinematográficos, em gestos de interpretação que mobilizam memórias discursivas, produzindo uma contextualização histórica e ideológica desse recorte da cinematografia local, tessitura de uma identidade catarinense.

Nos últimos anos dedicou-se ao ensino de sociologia e filosofia a jovens na educação pública, imbuído na formação de cidadãos livres, criativos, conscientes de seus direitos. Desenvolveu projetos multidisciplinares associando sociologia, fotografia, filosofia e cinema a outras disciplinas.

Entendia a fotografia e a arte cinematográfica nas suas próprias palavras “enquanto instrumento de resistência cultural, constituindo estruturas discursivas, com o intuito de transformação da sociedade. Os artistas são sujeitos que propõem uma ruptura semântica e discursiva, apontando para sentidos novos, polissêmicos. (…) As revoluções na arte buscam não só as transformações estéticas, como também a transformação da realidade histórica, projetam a arte como arma na luta pela transformação social”.”

(trechos do depoimento de Ligia Giovanella, Adriana Kuehn, Solange Gallo, Teresinha Giovanella)

 

Filmagem de “Novembrada”

Depoimentos de cineastas

A exposição contém textos-depoimentos dos diretores dos filmes em que Pixote atuou como still. Alguns trechos desses depoimentos:

“Quando iniciei em Florianópolis (SC) a produção de “Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro”, no primeiro semestre de 1998, pesquisando nomes para compor a equipe, por indicação do cineasta Zeca Pires (já integrado como assistente de direção), surgiu o nome de Lúcio Giovanella, conhecido fotógrafo free lancer vinculado aos movimentos estudantis de Santa Catarina. Depois de analisar outros profissionais, me detive na vasta coleção de fotos dele, algumas PB, outras, coloridas, todas com alta qualidade técnica.

Já naquele repertório, ainda que desordenado e assimétrico, mesclando temáticas, luzes e lentes, saquei na hora que ali tinha assinatura de um fotógrafo de mirada fuerte, usando a expressão de Picasso quando se referia de como conquistar uma mulher.

No nosso contato pessoal identifiquei uma personalidade que na hora me pareceu um tanto selvagem, se coubesse a definição, ainda que no trato cotidiano fosse uma pessoa retraída e cordial. Como o objetivo de uma filmagem é levar a bom termo a obra e não psicanalizar os colaboradores, seu enorme talento, de imediato, me conquistou sem outra.”

(Sylvio Back, diretor de “Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro”)

___________

 

“Silenciosamente atento e estampando um semissorriso na cara ele transitava pelo set como se estivesse pisando em nuvens à procura da melhor posição para capturar sua cena, uma vez capturada ele comemorava a façanha transformando e ampliando o seu sorriso, agora de satisfação.

Lúcio Flávio, o nosso Dom Pixote de La Foto, armado de sua máquina saia sempre na aventura de transformar o negativo em imagens que sustentassem os conceitos teóricos, seguidos por ele, sobre o papel e a importância da fotografia, ou seja, a fotografia como instrumento de formação e transformação social.”

(Ronaldo dos Anjos, diretor de “O Santo Mágico”)

____________

“Outra faceta indissociável da persona que Lúcio representou para a cidade diz respeito ao Estúdio Pixote, no Centro de Convivências da UFSC. Durante longos anos passaram milhares de rostos diante da câmera do Lúcio. Esse universo de imagens ainda merecerá um estudo e uma apropriação artística com uma ressignificação da vasta e profícua obra que produziu. Assim como do material fotográfico de still. Essa palavra, aliás, que no substantivo remete à fotografia de cena, também cabe ao Lúcio como adjetivo: calmo, quieto, sossegado. ”

(Eduardo Paredes, diretor de “Desterro” e “Novembrada”)

Para ler os textos-depoimentos na integra, acesse o link depoimentos

 

Filmagem de “Cruz e Sousa, o poeta do Desterro”

Exposição
Produção e Curadoria: Pedro MC (cineasta e presidente da Cinemateca Catarinense) e Zeca Nunes Pires (cineasta e coordenador do Depto. Artístico Cultural da UFSC)
Design: Pedro MC
Reproduções: Multicor
Montagem: Amícia P. Martins (Galeria de Arte da UFSC–DAC/SeCArte)
Divulgação: Clóvis Werner (DAC/SeCArte/UFSC)
Apoio: Florianópolis Audiovisual Mercosul – FAM 2018

 

SERVIÇO:

O QUÊ: Exposição “Pixote: a arte do still no cinema — homenagem ao fotógrafo Lúcio Flávio Giovanella”

QUANDO: Abertura da exposição: dia 19 de junho de 2018, terça-feira, às 17h30min. Visitação: até 12 de julho, de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas.

ONDE: Hall da Reitoria da UFSC, Trindade, Florianópolis (SC)

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO: Departamento Artístico Cultural da UFSC (48) 3721-6493 e 3721-2385 — www.dac.ufsc.br


FAM 2018: Acesse a programação do Florianópolis Audiovisual Mercosul em www.famdetodos.com.br

 

Paulo Marcos de Assis/Estagiário de Jornalismo/DAC/SeCArte/UFSC, com informações dos curadores, textos de familiares, cineastas, e imagens de Lúcio Flávio Giovanella

11/06/2018 23:22

3º Colóquio Internacional FITA – espetáculos do dia 12/6: “Años Luz” (Espanha) e “Tudo Vira Dança”. Clic na imagem e saiba mais.

11/06/2018 23:21

3º Colóquio Internacional FITA tem espetáculo francês nesta quarta, dia 13/6. Clic na imagem e saiba mais.

11/06/2018 23:14

3º Colóquio Internacional FITA – espetáculos do dia 11/6: “SóFridas” e “Tudo Vira Dança”. Clic na imagem e saiba mais.

3º Colóquio Internacional FITA: espetáculos do dia 14/06 (último dia)

11/06/2018 23:13

.

O Príncipe Feliz. Foto Divulgação.

Neste último dia do Colóquio, serão apresentados os espetáculos “O Príncipe Feliz” – Cia. Libélulas (Florianópolis/SC) e “E.N.T.R.E.” – Cie Théâtre d’images (França), encerrando o evento 

Nesta quinta-feira, 14/06, o 3º Cóloquio Internacioal FITA chega ao seu último dia de apresentações, encerrando a programação das atividades. O espetáculo “O Príncipe Feliz”, da Cia. Libélulas, de Florianópolis, será apresentado às 16 horas, no SESC Prainha. Neste último dia, haverá também a reapresentação do espetáculo “E.N.T.R.E.”, do grupo francês Cie Théâtre d’images, dessa vez no CEART/UDESC, às 20 horas. Ambas as apresentações são gratuitas e abertas à comunidade.

Veja a programação completa do evento, com as atividades formativas, no blog: http://coloquiofita2018.blogspot.com

Espetáculos

“O Príncipe Feliz” – Cia. Libélulas (Florianópolis/SC)

“O Príncipe Feliz”, da Cia. Libélulas, será apresentado no dia 14 de junho, às 16h, no SESC Prainha (Grátis). O espetáculo florianopolitano explora o teatro de sombras, uma das temáticas que norteiam esta edição do Colóquio.

Após a apresentação, a companhia encerrará os Relatos de Experiência, em que o público presente será convidado à uma roda de conversas, com debates acerca do processo criativo do espetáculo.

Sinopse

Do alto da cidade, sobre uma coluna, ergue-se a estátua do Príncipe Feliz. Adornada com folhas de ouro puro e pedras preciosas, a estátua é muito admirada pelos moradores da cidade. Uma noite, uma pequena Andorinha resolve descansar aos pés do Príncipe Feliz, e sente algumas gotas d’água caírem sobre si. Qual é sua surpresa ao ver que as gotas são, na verdade, lágrimas que escorrem do rosto do Príncipe. Mas por que estaria chorando o Príncipe Feliz? Ele lhe explica que é porque, ali do alto, consegue ver toda a feiura e miséria de sua cidade, e impossibilitado de ajudar, não tem escolha a não ser chorar. Então, surge uma ideia: poderia a Andorinha levar as jóias do Príncipe às pessoas pobres da cidade? É esse o início da amizade e do companheirismo entre a pequena Andorinha e o Príncipe Feliz. Uma linda história que fala de fraternidade, de amor ao próximo e, com muito cuidado, da morte.

Ficha Técnica
Direção: Agnaldo Stein, Daniele Viola e Laura W. Gedoz
Duração: 35 min.
Faixa Etária: Livre
Técnica: Sombras

Serviço
O que: Espetáculo “O Príncipe Feliz” – Cia Libélulas
Quando: 14 de Junho, 16h.
Onde: SESC Prainha
Quanto: Grátis

 

“E.N.T.R.E.”. Foto Divulgação.

“E.N.T.R.E.” – Cie Théâtre d’images (França)

“E.N.T.R.E.”, da Cie Théâtre d’image(s), será reapresentado às 20h, dessa vez no CEART / UDESC (Grátis). O espetáculo francês explora o teatro de sombras, uma das temáticas que norteiam esta edição do Colóquio.

Além das apresentações, a companhia também participará dos Relatos de Experiência, na quinta-feira (14/06), às 09h. A atividade, aberta ao público, será uma oportunidade para conversas acerca do processo criativo do espetáculo e ocorrerá na Sala Goiabeira do Centro de Cultura e Eventos da UFSC (Campus Trindade).

Sinopse

As palavras do ator aparecem tanto quanto uma espuma sonora da imagem, um farfalhar do pincel, como uma primeira tentativa de segurar o eu e o mundo. E.N.T.R.E também relata este “entre-dois” como uma forma da relação com o Outro na constituição de sua relação com o mundo, “entre dois” onde o artista visual existe como um personagem em si mesmo, parteiro dessas imagens-mundos, por vezes origem oculta, objeto do desejo e proibido.

Ficha Técnica
Direção: Jonathan Achille
Duração: 50 min.
Técnica: Sombras e Teatro de Imagens

Serviço
O quê: “E.N.T.R.E.” Cie Théâtre d’image(s)
Quando: 14 de junho, às 20h.
Onde: CEART / UDESC (bairro Itacorubi, Florianópolis-SC)
Quanto: Grátis

Apresentações de Lambe-lambe

“O Ancião” – Tribo Pachorra Teatro Livre
De 11h até 12h – Hall Centro de Cultura e Eventos – UFSC

Outras atividades do dia 14/6

Palestra:
“O Teatro de Sombras”
Prof. Dr. Gilson Moraes (UFRJ)
Mediação: Profª Dr. Rafael Luiz Marques Ary
Local: Sala Goiabeira (Centro de Cultura e Eventos UFSC), às 09h45
Relatos de Experiência:
Local: Sala Goiabeira (Centro de Cultura e Eventos – UFSC)

“E.N.T.R.E.” – Cie Théâtre d’images (França) – 09h
Mediação: Profª Dr. Rafael Luiz Marques Ary

“O Príncipe Feliz” – Cia Libélulas (Florianópolis/SC)
Após a apresentação – 20h40 / SESC Prainha
Mediação: Profª Drª Maria de Fátima de Souza (Sassá) Moretti

Apresentação de Livro e Revista:
Apresentação do livro Teatro Feito a Mão, com Sérgio Tastaldi (Turma do Papum)
Mediação: Profª Dr. Rafael Luiz Marques Ary
Local: Sala Goiabeira (Centro de Cultura e Eventos UFSC), às 10h30

Oficina:

“Objet(ação)! – Interações com objetos para cena”
Sala Pitangueira (Centro de Cultura e Eventos – UFSC), das 8h30 às 12h30
Ministrante: Alex de Souza (IFSC)
Participação mediante inscrições já realizadas*

Sobre o Colóquio FITA

A programação deste 3º Colóquio é composta por espetáculos e um cronograma de atividades formativas, que compreendem palestras, mesas de conversa, sessões de comunicação com publicação de anais e oficinas. O evento é dedicado à área do Teatro de Animação e tem como propósito disseminar as técnicas e pesquisas realizadas na temática, reforçando a discussão e o aprendizado de elementos que compõem o universo desta linguagem teatral.

Nesta terceira edição, o Colóquio adota como proposta temática “O Teatro de Sombras e o Teatro de Objetos” e tem como foco potencializar o espaço de troca de conhecimentos, proporcionando o intercâmbio entre artistas, pesquisadores, comunidade acadêmica e comunidade em geral.

O Colóquio Internacional nasceu a partir do FITA – Festival Internacional de Teatro de Animação. Com onze edições realizadas, o FITA foi idealizado para que o público catarinense pudesse prestigiar espetáculos de formas animadas e, ao mesmo tempo, para atender aos anseios dos grupos teatrais, pesquisadores e estudantes, propiciando a eles um espaço de formação e visibilidade.  A 12ª edição do Festival não acontecerá em junho deste ano, como previsto no cronograma de execução, mas a coordenação do evento segue na busca de recursos financeiros que possam viabilizá-lo para o segundo semestre deste ano.

O Colóquio tem coordenação geral de Maria de Fátima de Souza Moretti (Sassá Moretti) do Departamento de Artes/CCE/UFSC, coordenação executiva de Zélia Sabino do Departamento Artístico Cultural/SeCArte/UFSC e produção executiva de Gustavo Bieberbach, doutorando do CCE/UFSC.

 

Paulo Marcos de Assis / Estagiário de Jornalismo / DAC / SeCArte / UFSC, com informações da coordenação e do blog do evento

.