Madrigal e Orquestra de Câmara da UFSC comemoram 10 anos com concerto nesta quinta-feira, dia 24/10. às 20h

18/10/2019 13:31

 

O Madrigal e a Orquestra de Câmara da Universidade Federal de Santa Catarina – projetos musicais permanentes do Departamento Artístico Cultural da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC –, comemoram os seus 10 anos de criação com um concerto nesta quinta-feira, dia 24 de outubro, às 20 horas, no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC – Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no campus universitário da Trindade, em Florianópolis. Os ingressos são gratuitos, abertos a toda a comunidade, e começarão a ser distribuídos duas horas antes do inicio da atividade, no local da apresentação.

Com um repertório de músicas populares e eruditas, brasileiras e internacionais, o concerto contará com a participação de cantores e músicos tanto atuais como ex-integrantes dos grupos musicais, que também fazem parte dessa trajetória de 10 anos, além de músicos convidados, totalizando cerca de 50 integrantes, entre cantores e orquestra.

Ensaio da Orquestra de Câmara da UFSC, 2019. Foto: Henrique Almeida, Agecom-UFSC

Origens dos grupos musicais

O Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC foram criados em 2009, na gestão do reitor professor Álvaro Toubes Prata: “Na nossa gestão de maio de 2008 a maio de 2012 criamos a Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) e convidamos a Profa. Maria de Lourdes Borges para assumir a Secretaria. Para a direção do Departamento Artístico Cultural (DAC) convidamos o cineasta Zeca Nunes Pires. Foi um período de grande valorização da Cultura e da Arte na Universidade.  Na época, sentimos necessidade de ampliar as oportunidades relacionadas à música para além do Coral da UFSC [em atividade desde 1963] e criamos então o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC”.  O ex-Reitor lembra que o processo de criação foi rápido e bem assimilado pela comunidade universitária, e que a estruturação dos novos grupos musicais foi muito bem conduzida pela maestrina Miriam Moritz, do Coral da UFSC. Na ocasião, foi sugerido que ambas as iniciativas fossem criadas a partir de projetos de extensão universitária, o que possibilitou que alunos de graduação da Universidade que participassem dos projetos recebessem uma bolsa.  Esta foi uma iniciativa muito bem sucedida que levou inclusive à criação das bolsas de Cultura pela SeCArte.

As atividades do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC iniciaram em maio de 2009 após a seleção, por meio de chamada pública, de 10 cantores e de 10 instrumentistas, entre eles, violinistas, violistas e violoncelistas. Outros instrumentistas também participaram do grupo durante estes 10 anos de atividades. Para o concerto de aniversário, a orquestra contará com violinos, violas, violoncelos, violão, flauta, clarinete, fagote, percussão.

O Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC têm por objetivo fomentar e difundir a música vocal e instrumental, proporcionando aos músicos em potencial, que fazem parte dos cursos de graduação da UFSC, um espaço para desenvolverem seus potenciais artístico-musicais. Os projetos também visam divulgar a música erudita e popular, através de apresentações, e com isso incentivar a formação e a cultura local. A realização cultural é uma ação social onde se exercita, se descobre e se mostra a identidade individual e coletiva. Os projetos são abertos a pessoas da comunidade externa.

Ensaio do Madrigal da UFSC, 2019. Foto: Criss Melo

Apresentações

Desde a sua criação, o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC têm participado ativamente de diversos projetos artístico-culturais e de eventos promovidos pela comunidade universitária e externa, apresentando um variado repertório musical. Nestes 10 anos, o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC já realizaram concertos em diversos locais, como em quatro campi da UFSC, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Encontro de Corais da FIESC, Mostra de Corais de Florianópolis, XXXIV Encontro Nacional dos Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação do Brasil, III Seminário Internacional Conexão Escola Mundo, 3ª Jornada Brasileira em Pesquisa da Condição Crônica, entre outros. Segundo a regente, “as apresentações que fazemos no Teatro da UFSC geralmente são as mais marcantes. Sempre somos muito elogiados em todas as apresentações. Uma muito interessante foi um flash mob no RU [Restaurante Universitário da UFSC]”. Em parceria com o professor Eduardo Titton, da UDESC, houve a ideia de fazer um encontro de orquestras que teve a participação da Orquestra Sinfônica do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Orquestra Acadêmica UDESC e da Orquestra de Câmara da UFSC, que sediou o encontro. O concerto teve grande repercussão e foi um sucesso. Foram apresentadas obras separadamente e em conjunto, misturando as orquestras e, no final, juntaram-se todos os integrantes num grande encontro musical. O Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC já se apresentaram nas cidades de Florianópolis, São José, Palhoça, Araranguá, Joinville, Jaraguá do Sul alcançando um público de mais de 20 mil pessoas em uma década de atividades. Nestes 10 anos, cerca de 110 integrantes já participaram do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC.

Ensaio da Orquestra de Câmara da UFSC, 2019. Foto: Henrique Almeida, Agecom-UFSC

Os ensaios

Enquanto a Igrejinha da UFSC, sede dos grupos musicais, passa por reformas, os ensaios acontecem no Anfiteatro do Espaço Físico Integrado da Universidade. O Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC são formados por alunos de graduação da UFSC, que têm direito a uma Bolsa Cultura, e por outros integrantes da Universidade e da comunidade em geral. Os trabalhos do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC são coordenados por Miriam Moritz, que é regente do Coral da UFSC desde 2004 e do Madrigal e da Orquestra desde 2009.

Os ensaios do Madrigal, grupo vocal constituído por alunos da UFSC, em média com 12 vozes, são realizados de maneira individual e por naipe, três vezes por semana, em períodos vespertinos, e os seus integrantes ainda participam do Coral da UFSC, duas vezes por semana, à noite. Para participar do Madrigal é preciso ter domínio da técnica do canto e ter participado de grupos vocais. Para a seleção, o candidato deve executar 2 músicas: uma peça erudita a ser cantada a cappella e outra de livre escolha, que pode ser acompanhada por instrumento harmônico levado pelo candidato.

Os ensaios gerais da Orquestra de Câmara acontecem no período vespertino. Podem fazer parte do grupo pessoas da comunidade acadêmica e da comunidade em geral. Entre os requisitos para os candidatos estão possuir o  instrumento e ter nível médio de conhecimento do instrumento. Para a seleção, devem ser executadas 2 músicas de livre escolha e 1 leitura à primeira vista.

O Madrigal e a Orquestra têm um repertório próprio, mas também há um repertório para apresentação dos dois grupos em conjunto, e ainda há um repertório que contempla a participação do Coral da UFSC.

Além dos estudos individuais, dos ensaios por naipe, em grupo e em conjunto, incluindo Madrigal, Orquestra e Coral, os integrantes dos grupos recebem  orientação da regente e também costumam receber orientações e assessorias de outros colaboradores com formação e experiência na área musical, como da flautista Milena Dugacsek, colaboradora voluntária, sem bolsa, formada em música e com mestrado na área, e do flautista profissional Lucas Madeira, aluno da UFSC, com Bolsa Cultura, que tem atuado como arranjador de várias músicas do repertório da Orquestra. Numa parceria entre o professor de música João Titton, maestro da Orquestra Acadêmica UDESC, e a regente Miriam Moriz da UFSC, tem sido realizado o projeto Oficina de Cordas, que colabora com o aperfeiçoamento dos músicos. Com o Madrigal, como exemplo, foi realizado workshop de canto coral com Grasieli Fachini, cantora, professora e pesquisadora vocal, atualmente vivendo em Florianópolis, que já conhecia a qualidade de egressos do Madrigal da UFSC, quando concorriam à vaga em outros grupos de canto da cidade e se destacavam. A qualidade dos trabalhos desenvolvida nos grupos também se destaca com integrantes da Orquestra de Câmara da UFSC: um integrante do grupo atualmente é chefe do naipe das violas da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina. Dessa forma, para além da boa música preparada para os concertos, o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC, com o criterioso trabalho desenvolvido por sua regente, tem contribuído para o aperfeiçoamento de cantores e de músicos que levam o seu conhecimento para outros grupos musicais da comunidade.

Madrigal na Recepção aos Calouros da UFSC, 2015-2. Foto: Henrique Almeida, Agecom-UFSC

Novos concertos e realização profissional

Além deste concerto comemorativo de 10 anos do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC, estão sendo programadas outras atividades, como a realização de 2 workshops de orquestra e voz,  em fins de novembro, e um encontro de orquestras junto com a orquestra da UDESC, IFSC e Municipal, para o mesmo período.

Para a regente Miriam Moritz, que se reconhece na frase “Eu respiro música!”, reger o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC é uma “Realização de vida”.

O atual Reitor da UFSC, Prof. Ubaldo Cesar Balthazar, reconhece os trabalhos bem sucedidos, realizados nestes 10 anos de atividades do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC: “É inegável tratar da cultura e da arte como componentes essenciais à vida em uma Universidade. Toda manifestação artística, toda experiência na área da cultura contribue para uma educação abrangente. E a música é uma das mais sublimes atividades artísticas. Por isso, esse projeto é fundamental.“

Regente Miriam Moritz. Foto: [CW]-DAC

Sobre a regente

Miriam Moritz é natural de Florianópolis (SC), formou-se em música pela UDESC, em 1987; em 2003 finalizou seu curso de especialização em musicoterapia pela UNISUL; em 2014 concluiu o curso de mestrado pela UFSC com pesquisa sobre Música Brasileira. Antes de ingressar na UFSC, permaneceu por cinco anos na Europa, onde atuou como flautista em diversos locais de Portugal e Espanha. Retornando a Florianópolis, voltou a lecionar, inicialmente na Escola Dinâmica, onde dava aulas para quase 500 alunos. Na escola de música Compasso Aberto, lecionou percepção e teoria, flauta transversa, flauta-doce, canto, musicalização infantil, violão, percussão e formou três grupos vocais com os seguintes nomes: Entrando no Compasso, de crianças, Língua Solta, de adolescentes, e Bocca Chiusa, de adultos, e ainda um grupo de adolescentes com vários instrumentos e vocal. Aprovada em concurso público, é regente do Coral da UFSC desde 2004. Em 2009, passou a coordenar e a reger também o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC.

Integrantes do Madrigal da UFSC
(outubro 2019)
Baixo: Leonardo C. Rankel / Mateus Klein Valaski
Tenor: Hattos Paulo Mendes Soares / Guilherme Fuck / Raphael Zanellato
Soprano: Maria Clara Vieira
Contralto: Evelyn Justino / Tiffany Emanuela Fronza

Integrantes da Orquestra de Câmara da UFSC
(outubro 2019)
Viola: Katarina Grubisic / Guilherme Fuck
Violino 1: Raphael Zanellato / Vítor Vieira Machado
Violino 2: Paula Duarte da Silva / Felippe Sangreman
Flauta: Milena Dugacsek / Lucas Madeira / David Laurent da Silva
Violão: Camila Moreno
Percussão: Jhonata da Rosa

Regência: Miriam Moritz
Bolsista Apoio Administrativo: Sherlyn Pereira de Vasconcelos

Serviço:

O quê: Concerto de 10 anos de criação do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC
Quando: Dia 24 de outubro de 2019, quinta-feira, às 20 horas
Onde: Auditório Garapuvu, Centro de Cultura e Eventos da UFSC – Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo., Campus Universitário, Trindade, Florianópolis (SC)
Quanto: Gratuito e aberto à comunidade. Os ingressos devem ser retirados no local do concerto, desde duas horas antes do início da apresentação.
Contato: Madrigal e Orquestra de Câmara da UFSC: (48) 3721-4436 – E-mail  – www.dac.ufsc.br

Assista ao teaser do ensaio do Concerto de 10 Anos do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC (Edição: Ivo Caoê Baptiston, Imagens: Zeca Nunes Pires), clicando aqui     

Veja Galeria de Fotos mais abaixo, após os Depoimentos.

Clóvis Werner/DAC/SeCArte/UFSC e Matheus Bonfim/Acadêmico de Jornalismo/ex-estagiário no DAC, com material institucional e entrevistas.

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Depoimentos de cantores, músicos, profissionais da música e da cultura sobre o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC:

“O desempenho do Madrigal e da Orquestra de Câmara é excelente, o que devemos, em grande parte, à competência e seriedade da Maestrina Miriam Moritz. Soma-se a isso a dedicação e o talento musical dos nossos alunos e alunas, assim como de outros membros da comunidade que fazem parte do projeto. O Madrigal e a Orquestra têm sido incorporados na vida da comunidade universitária e estão presentes em muitas cerimônias e eventos. Além dos concertos apresentados periodicamente no prédio do EFI, são feitas apresentações em eventos da comunidade universitária. Sua música, além de nos proporcionar o puro prazer estético, já alegrou muitos momentos felizes desta universidade, como é o caso das posses dos reitores, da comemoração dos aniversários da Universidade e do início das atividades acadêmicas nos vários campi. Contudo, também já serviu de alento e consolo em momentos tristes, como foi o caso da cerimônia fúnebre do nosso saudoso Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, com a pungente interpretação da música Black Bird. Com um repertório variado, que vai do erudito ao popular, cada vez mais o Madrigal e a Orquestra de Câmara têm sido convidados para apresentações nos vários campi, onde são recebidos com entusiasmo. Uma prova que a música está se tornando uma parte essencial da UFSC.” (Professora Maria de Lourdes Alves Borges, Secretária de Cultura e Arte da UFSC)

“O Madrigal e a Orquestra de Câmara foram criados com o apoio do professor Prata – um reitor extremamente sensível à área cultural e pessoalmente muito culto – junto com a nossa maestrina Miriam Moritz que, além do seu inegável talento, não tem medo de trabalho, por isso essas polifonias permanecem e se desenvolvem até hoje. É muito gratificante ser testemunha desse processo – que contou com o fundamental apoio da professora Maria de Lourdes, Secretária de Cultura e Arte da UFSC –, e imaginar a abertura que essa experiência deve proporcionar a cada pessoa. Sinto falta de ouvi-los, nos seus ensaios, como curtia quando eles ensaiavam na Igrejinha, nos meus ouvidos”. (Zeca Nunes Pires, Coordenador do Departamento Artístico Cultural – DAC/SeCArte, da UFSC).

A música é uma atividade de extrema importância para o desenvolvimento do indivíduo. Ela trabalha a socialização, coordenação, percepção, concentração, alivia o stress, aumenta memória, etc. Nos últimos anos, mesmo diante de muitos desafios, neste cenário nada favorável ao desenvolvimento da Cultura, parece difícil entender a importância da arte para o desenvolvimento do indivíduo durante toda a sua vida desde a infância até a idade avançada. As atividades artístico-culturais sempre tiveram dificuldade de sobrevivência em nosso país. As verbas para muitos projetos estão sendo cortadas. Triste a desvalorização da cultura no meio artístico. O Brasil está longe de ter projetos como existem em países mais desenvolvidos como na Europa, América do Norte ou Ásia, por exemplo, onde a música exerce um papel fundamental, dando total suporte para disciplinas como matemática, línguas, história entre outras, ou por ser somente uma manifestação. A arte sempre foi e será um meio das pessoas se expressarem. A música, especialmente, está em tudo e em todos. É uma atividade exercida por quase todas as pessoas, seja ouvindo ou executando de alguma forma.” (Miriam Moritz – Regente e Coordenadora do Madrigal, da Orquestra de Câmara e do Coral da UFSC).

A música, como todas as artes, busca transformar, invadir, inspirar nossa sociedade, e não poderia ser diferente na universidade, onde jovens em formação devem estar em contato com as mais diversas formas de expressão. Todos os conjuntos artísticos extensionistas permanentes em nossas universidades são de fundamental importância, pois integram os cursos com pessoas de diversas classes, origens e ideologias e, ao mesmo tempo, apresentam para outro imenso público essa produção espetacular de música, onde diversos gêneros musicais, ritmos, vibrações são recriadas e interpretadas para a maravilha de nossos ouvidos. A gratuidade desses espetáculos é também uma forma de retorno social da formação e experiência desses participantes, que também é gratuita, sem custo de inscrição ou mensalidade. Sobre o desempenho do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC, os conjuntos cumprem o seu papel na universidade e no meio em que se inserem. Seu desempenho pode ser avaliado pela motivação de seus integrantes, o empenho de sua maestrina e o destaque que os grupos possuem no âmbito artístico regional, apresentando obras de compositores brasileiros em suas apresentações, executando estes repertórios nos mais diversos espaços, sejam eles culturais, educacionais, ou recreativos, promovendo a cultura universal para todos, sem distinção. Música para todos, sem exceção.(João Eduardo Dias Titton, Professor de Música e Maestro da Orquestra Acadêmica UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina).

“Música é arte, é linguagem e, portanto, expressão. É o afeto, o subjetivo, o sonho, o pulsar. Por essa razão já não mais deveria ser necessário justificar a existência de espaços para seu ensino, grupos, performances e trocas musicais, especialmente nos espaços públicos. O Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC, sob a regência da Miriam Moritz, desenvolvem um trabalho de formação fundamental para os acadêmicos da Universidade. Nesse trabalho, alunos dos mais variados cursos, têm a oportunidade de fazer (e aprender!) música. Vale lembrar que a UFSC não possui o curso específico de Música e por isso, os candidatos do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC passam por uma seleção criteriosa. É um trabalho de excelência, que tem como foco o desenvolvimento musical amplo dos integrantes, centrado no ensino de vários gêneros musicais e períodos. O resultado é belíssimo, e a comunidade pode desfrutá-lo enquanto ouvintes e/ou integrantes dos grupos musicais.”(Grasieli Fachini, cantora, professora e pesquisadora vocal).

“Participei do Madrigal durante 7 anos, o que foi possível devido ao prolongamento de tempo que alguns cursos da universidade costumam proporcionar (risos), sendo um dos integrantes que mais tempo participou do projeto. Com um olhar mais geral, vejo o Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC como formas de fomentar a cultura e a música dentro da universidade, é um passo além do conhecimento específico dos cursos. Para mim, o Madrigal permitiu crescimento musical e pessoal, foi uma válvula de escape (para os momentos difíceis do curso), um auxílio financeiro para permanência (como bolsista) além de um local onde fiz bons amigos (alguns inclusive cantaram/tocaram no meu casamento ano passado). Na minha percepção, a dedicação como bolsista não impactou meu desempenho acadêmico, os horários parcialmente flexíveis permitiram conciliar o Madrigal e os estudos. O Madrigal foi uma experiência muito boa e, aos amantes da música, recomendo a participação para levar um pouco mais de alegria para sua vida e de outras pessoas!” (Eduardo Conte, 27, natural de Xaxim (SC), barítono, ex-integrane do Madrigal da UFSC, egresso do Curso de Engenharia de Controle e Automação)

“O Madrigal para mim é um espaço muito importante de aprendizado musical, de interação social, de saída do ambiente do meu curso, que por vezes é estressante, bem como de apoio à minha permanência na Universidade, já que muito dos meus custos para me manter estudando vem da Bolsa Cultura que recebo do programa. Fico feliz em ter conhecido o grupo e especialmente a maestrina Miriam que, através dessa oportunidade imensa, me proporcionaram muito crescimento musical, que pude reverter tanto para atividades que enalteçam a UFSC, quanto para outras atividades em outros grupos importantes na cidade de Florianópolis e região. Certamente, minha passagem pelo Madrigal é um grande marco na minha vida e eu nunca poderei esquecer o que isso representou e representa.” (Hattos Paulo M. Soares, 23 anos, natural de Balneário Camboriú-SC, tenor do Madrigal da UFSC desde agosto de 2015. Sem curso formal prévio em música. Acadêmico do último (sexto) ano de Medicina na UFSC, entrou no madrigal no início do segundo ano do curso. Recebe Bolsa Cultura desde o início do curso.)

“Sou Guilherme Fuck, tenho 26 anos e sou integrante da Orquestra de Câmara da UFSC há 7 anos. Sou natural de Indaial (SC), onde aprendi a tocar violino aos 11 anos de idade. Ao ingressar na UFSC, no curso de Engenharia Elétrica, fui em busca de uma orquestra para manter minhas atividades musicais. Porém, ao descobrir que as vagas para violinista estavam todas preenchidas, decidi aprender a tocar viola para entrar na Orquestra de Câmara. Isso abriu muitas portas para mim, e graças a isso, hoje também sou chefe do naipe das violas da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina. Sou bolsista do projeto desde o meu ingresso, e isso também me ajudou muito, pois por muito tempo a minha única fonte de renda era a bolsa. Sem ela eu teria que buscar outra fonte de renda, então a bolsa com certeza foi um fator importante na minha permanência no projeto. Em certo ponto, também descobri meu gosto pelo canto, e comecei a participar do Madrigal da UFSC. A partir daí, também participei de bandas e de outros grupos vocais. Durante esses anos muita coisa mudou. Percebi que estava insatisfeito com o curso e mudei para Engenharia de Produção Elétrica, que se alinha mais aos meus interesses. Já fiz dois estágios na área e acumulei uma boa experiência. E o projeto tem sido uma constante durante todo esse tempo. Lá, fiz amizades fortíssimas (e um grande amor) que levarei para a vida inteira. Toda essa experiência com certeza contribuiu para minha formação como ser humano, me ajudou a crescer como músico, e minha trajetória universitária teria sido completamente diferente sem esse projeto. Só consigo expressar minha gratidão por ter feito parte dessa história.” (Guilherme Fuck, integrante da Orquestra de Câmara e do Madrigal da UFSC).

“Participar do Madrigal foi uma das experiências mais encantadoras da minha vida na universidade (atualmente sou professora no Campus Joinville, fiz graduação, mestrado e doutorado na UFSC). Sempre amei cantar e, com o Madrigal, pude aprender muito sobre técnica e cultura musical de diversas épocas. Foi a atuação no Madrigal que me estimulou a busca de aulas de canto particulares. Além disso, o aprendizado com a maestrina Miriam foi engrandecedor, ela tem uma ótima formação e sempre trouxe arranjos desafiadores e belos. Sendo da área de exatas, a participação neste grupo não atuou diretamente na minha formação acadêmica, mas sim como forma de desenvolvimento cultural e social. Com o madrigal, tive a oportunidade de atuar em peças de teatro sob a direção de Carmen Fossari. Eu e alguns outros integrantes da Madrigal fomos a um festival no Chile com a peça “As Luas de Galileu Galilei”. Foi uma das experiências mais marcantes. Unir a música ao teatro em outro país, com pessoas talentosas e queridas. Hoje, 8 anos após a saída do grupo, lembro com muito carinho desta época, tanto pelas amizades formadas quanto pela divulgação de música de qualidade. Tenho muito orgulho de ter participado do Madrigal da UFSC. Espero que o projeto continue crescendo e levando música de qualidade a todos.” (Maíra Gauer Palma, 31, natural de Tubarão-SC, soprano/contralto no Madrigal, de 2009 a 2011, Cursou Matemática, recebia Bolsa Cultura, formou-se e continuou como voluntária.)

“Participar da Orquestra de Câmara da UFSC sempre foi uma experiência muito enriquecedora. Tive contato com muitos músicos, estudantes dos mais variados cursos que conciliam a vida acadêmica com os estudos do instrumento, ensaios e apresentações. O grupo vai se transformando e possibilitando diferentes sonoridades a serem exploradas. Comecei a testar algumas ideias de arranjo em um sarau promovido pela regente Miriam Moritz, e a partir daí tive a oportunidade de escrever e adaptar muitas peças. Serviu como um laboratório de experimentação para as minhas ideias, que tiveram sempre a resposta e feedback dos outros músicos e da regente, me ensinando muito sobre a particularidade de cada instrumento, vendo na prática o que funciona ou não. É um prazer fazer parte desse projeto de extensão da UFSC, a orquestra e o madrigal são projetos incríveis que precisam de investimento e continuidade. Tenho a impressão que a comunidade universitária não conhece muito o trabalho que realizamos. Ele poderia ser ainda mais divulgado e difundido, agregando mais músicos e servindo como contrapartida à comunidade.” (Lucas Madeira, 25, natural de Itajaí-SC, acadêmico de Arquitetura, formado pelo Conservatório de Música Popular de Itajaí, toca flauta transversal; há mais de 3 anos integra a Orquestra de Câmara da UFSC. Recebe Bolsa Cultura).

“Meu nome é Marília Duarte da Silva, tenho 31 anos, sou negra e natural de Sabará, Minas Gerais, mas resido em Florianópolis desde os 5 anos de idade. Comecei a tocar violoncelo em um projeto social no ano de 2005 e desde então tenho a música como minha expressão de arte na vida para tentar manter o equilíbrio entre a razão e a emoção. Tive a honra de participar como violoncelista da Orquestra de Câmara da UFSC em dois momentos muito importantes para mim. A primeira oportunidade foi durante todo o ano de 2010, quando ingressei através das cotas raciais na UFSC para o curso de Eng. Sanitária e Ambiental e durante todo o ano de 2016 quando retornei à universidade para ingressar ao meu curso atual, Letras-Libras bacharelado. Em ambos momentos eu estava passando por dificuldades financeiras para me manter na universidade e foi através do projeto de extensão da orquestra, e o auxílio da Bolsa Cultura, que consegui garantir a minha permanência na UFSC. A maestrina Miriam Moritz e o grupo de músicos sempre me receberam com muito carinho, estes sem dúvidas foram os dois anos em que mais me senti motivada, acolhida e respeitada na universidade. É com grande alegria que estarei presente nos 10 anos da Orquestra de Câmara da UFSC para somar a esta ação de levar a música à comunidade local e sensibilizar a sociedade na valorização da cultura da arte dentro da universidade pública.” (Marília Duarte da Silva, violoncelista, ex-integrante da Orquestra de Câmara da UFSC)

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Abaixo, Galeria de Fotos (recentes e mais antigas)

Legenda/Crédito das Fotos: CM – Criss Melo; CW – Clóvis Werner-DAC/UFSC; DS – Diana Souza; Div. – Divulgação; HA – Henrique Almeida-Agecom/UFSC;  JQ – Jair Quint-Agecom/UFSC; NS – Nilson Só-DAC/UFSC; SA – Sem Ident. Autor; SD – Sem Data

 

 

Edição da Galeria de Fotos: [CW]/DAC/SeCArte/UFSC.
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