Café Kino inicia com o filme “Guerra dos Pelados”

09/10/2012 23:21

O projeto será inaugurado no dia 10 e terá a presença do cineasta Sylvio Back

A primeira edição do Café Kino irá exibir e debater o filme “Guerra dos Pelados” na quarta-feira, a partir das 12h30, no Teatro da UFSC. O encontro terá a presença do diretor do filme, Sylvio Back, que estreia na próxima semana sua nova produção, “O Contestado – Restos Mortais”, também sobre a temática da Guerra do Contestado. O Café Kino foi idealizado pelo secretário Paulo Ricardo Berton da Secretaria de Cultura da UFSC (SeCult), em um trabalho conjunto com o professor do Curso de Cinema Jair Fonseca, coordenador do Cineclube Rogério Sganzerla, e de Zeca Pires, cineasta e coordenador do Núcleo de Documentários do Departamento Artístico Cultural (DAC).

O primeiro filme a ser exibido no Café Kino relembra os 100 anos da Guerra do Contestado e foi produzido em1971. Asessão começará às 12h30 e a partir das 14h30 começa o debate sobre “Documentário, ficção e filme histórico”. A discussão terá participação do diretor do filme, Sylvio Back; do professor da UFSC especializado na Guerra do Contestado, Paulo Pinheiro Machado; do professor Jair Fonseca como representante do Cineclube Rogério Sganzerla, e do cineasta Zeca Pires. Fonseca conta que é prática dos cineclubes debater para fazer as pessoas pensarem. “Trata-se de ter uma postura ativa diante do cinema, e não de consumo passivo. Filmes produzem pensamento, e debater após as sessões fazem ampliar a cultura cinematográfica.”

Do alemão, Kino significa “cinema”, sendo também usado como sinônimo de um movimento de cineastas. O encontro mensal que irá debater sobre produções de cinematográficas é aberto a todo o público, mas dirigido principalmente às pessoas com interesse na área audiovisual. A segunda edição acontecerá em novembro.

Sinopse

Em 1913, no interior de Santa Catarina, a concessão de terras para exploração de seus recursos e a construção de uma estrada de ferro por uma empresa estrangeira gera revolta dos ex-propriados. Reunidos em torno de um reduto messiânico, os “pelados” reagem, gerando violento conflito com o exército. O filme é baseado no episódio histórico da Guerra do Contestado (1912-1916) e foi filmado na cidade de Caçador.

Sylvio Back: Biobliofilmografia

Sylvio Back, cineasta, poeta, roteirista e escritor. Filho de imigrantes húngaro e alemã, é natural de Blumenau (SC). Ex-jornalista e crítico de cinema, autodidata, inicia-se na direção cinematográfica em 1962, tendo realizado e produzido até hoje trinta e sete filmes – curtas, médias e onze longas-metragens: “Lance Maior” (1968), “A Guerra dos Pelados” (1971), “Aleluia, Gretchen” (1976), “Revolução de 30” (1980), “República Guarani” (1982), “Guerra do Brasil” (1987), “Rádio Auriverde” (1991), “Yndio do Brasil” (1995), “Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro” (1999); “Lost Zweig” (2003); “O Contestado – Restos Mortais” (2010); e “O Universo Graciliano” (2012, em finalização). Também publicou livros roteiros dos filmes.

Com 74 láureas nacionais e internacionais, Back é um dos mais premiados cineastas do Brasil. Sua obra poética, em especial, os livros de extrato erótico, coleciona uma vasta fortuna crítica. Em 2011, recebe a insígnia de Oficial da Ordem do Rio Branco, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores pelo conjunto de sua obra cinematográfica e de roteirista.

Sobre o filme

Leia na íntegra o depoimento de Sylvio Back sobre as filmagens:

 “A Guerra dos Pelados”:

  memória das filmagens

Sylvio Back

 

“A Guerra dos Pelados” (1971) era um filme intimorato naquela quadra de chumbo e brasa que consumia a alma do país. Vinha na con­tramão do cinema brasileiro de en­tão, que coincidia com o auge da re­pressão militar patrocinada pela ditadura Médici (1969-1974). Uma obra carregada de premonição, repleta de fantasmas institucionais da nacionali­dade, batendo direto no fulcro do nosso passado onde se vis­lumbram as origens da miséria brasileira em todos os tempos – a crônica e viciosa a questão da terra.

Sob a capa de um catolicismo rupestre, cimento que mantinha unos milhares de caboclos, a posse e a usurpação da terra não se esca­moteavam, como também não, o sonho separatista de se criar uma “Monarquia Sul Brasileira”. E por ela se sacrificaram mulheres, crianças e ho­mens de todas as idades, latitudes, categorias sociais e et­nias, todos se submetendo a uma implacável disciplina litúrgica dentro de suas cidadelas “santas”, o que acabava por fanatizá-los.

Quem planta e tra­balha a gleba (“A terra é como a mãe, depois que se perde, o valor apa­rece”), dela é simbolicamente seu titular. Mote atraente para quem era expulso de seu chão à força com a chegada de empresas estrangeiras e a implantação do capitalismo na região. A sabedoria bebida junto aos índios, que sem­pre vivenciaram o que é ter seu horizonte surrupiado e o azi­mute de seus mortos espalhado aos sete ventos, tinha seu custo.

Mesmo para quem jamais tenha lido “Geração do Deserto”, de Guido Wilmar Sassi, livro que inspirou o ro­teiro do filme, ao incorporar o visual e o testemunho da re­gião contestada sessenta anos depois, “A Guerra dos Pelados” acabou extrapolando a ficção e “in­ventou” uma nova “guerra cam­ponesa”. Começando por adiantar uns e atra­sar outros aconte­cimentos, situa a ação em 1913/14 no “reduto” de Taquaruçu.

Sem nenhuma coincidência, a produção do filme localizou-se em alguns dos sítios históricos do Contestado nos municípios de Caçador, Calmon e Matos Costa, em pleno planalto catarinense. Portanto em cima de anti­gos e reformados latifúndios e espaços de grilagem, her­deiros de um passado então crepi­tante.

Procurando passar ao largo de situações cronológicas ditadas pela obra de Sassi e atendo-se mais ao “clima” e ao “memorial resistente”, o filme sub­linhava a força motriz subterrânea do movimento insurrecional, a da luta pelo direito à terra. Era o que os “pelados” propunham, ora de forma política clara e inelutável, ora ficava subentendido no próprio mis­ticismo que escorava a reação de quatro anos enfrentando canhões Krupp com espadas de madeira.

Houve uma guerra encenada à frente das câmaras, e uma guerra à vera atrás das câmaras. Antes e durante as filmagens de dois me­ses, em pleno inverno de 1970, vingou tamanha bateria de in­cidentes que a meio cami­nho do fim eu estava decidido a parar e desembarcar de um sonho de muitos anos. Nem sei mais como resisti, contornei ou enfrentei a tudo e a todos, dentro e fora do filme.

Ainda na fase de pré-produção, isto é, enquanto se armavam a in­fraestrutura e as condições materiais que iriam sustentar a visibilidade/oralidade das cenas e diálogos imaginados e escritos, fui intempestivamente intimado a submeter o ro­teiro à censura da 5ª Re­gião Militar, sediada em Curitiba. Depoisde dias de espera, o Exército exarou um estranho nihil obstat “verbal” endereçado não a mim ou à pro­dução do filme, mas à Policia Federal, então diri­gida por um oficial das Forças Armadas.

A evidente manobra era então para eximir o Exército de um eventual ve­xame caso o constrangimento ilegal viesse a pú­blico (pela Constituição então vigente, um filme só era subme­tido à censura depois de pronto, mas ditadura é dita­dura…). Tudo sem rastros. Na Polícia Fe­deral fui “mimoseado” com per­guntas e insinuações as mais es­drúxulas. Havia até uma que, diga­mos, fazia certo sentido: a dois meses do AI-5 (1968) – beneficiado por um habeas cor­pus –, eu fora excluído de um Inquérito Policial Militar que apurava “delito de opinião” entre uma trin­tena de jornalistas paranaenses dedurados por seus colegas de redação. O coro­nel-censor insistia que eu dissesse que inconfessá­veis moti­vos me haviam levado a “mexer neste vespeiro, que é o Contes­tado, logo agora” (sic).

Era esse o pedágio que eu estava pagando pelo auxílio logístico (imprescindível), que só existia numa guarnição militar, então solicitado às Forças Armadas. Só era factível encenar o que previa o roteiro tendo à disposição munição de festim, arma­mento (fuzis e canhões da época ainda funcionando) e cober­tura profissional de sargentos-armeiros para prover a manu­tenção e guarda de todo um razoável arsenal de campanha. A princípio houve sinal verde (sem trocadilho…), o que me soou como uma régia retribuição por ter-me “curvado” ante a es­túpida censura prévia. Ela, na verdade e na prática não produziu sequela alguma – porque o coronel-censor candida­mente admitiu sua inca­pacidade para “ler” o roteiro, dei­xando-o tal e qual.

Quando já me encontrava com uma equipe paulista e um elenco nacional em Caçador, no vale do rio do Peixe, a mais de 300 quilômetrosda Capital parana­ense (700 km, de São Paulo), pronto para o primeiro tour de ma­nivelle, veio uma comunicação seca e peremptória de que tudo o que fora apalavrado era letra morta. Não demorou, atitude idêntica tomou a Polícia Militar de Santa Catarina, que iria colocar à nossa disposi­ção parte de contingente local como extras fa­zendo o “papel” das tropas do Go­verno.

Ainda, numa caravana suicida, dirigimo-nos todos, atores e técni­cos, para Curitiba, na doce ilusão de conseguir demover o general-comandante de sua inesperada decisão, ele que, pes­soalmente, autorizara a cessão do equipamento bélico solici­tado. Nem fomos recebidos, que dirá alvo de justificativas ou explicações.

Mas logo soubemos que a negativa albergava duas verten­tes plausíveis que acabaram confluindo: 1) o Exército temia pelos rumos que o roteiro, apesar de “censurado” (teorica­mente), poderia tomar quando as cenas fossem materializadas em celuloide; e 2) o país entrara em estado de prontidão por­que as Forças Armadas haviam detectado a guerrilha do capitão Lamarca na região de Registro, à beira da rodovia BR-116 (que liga São Paulo a Curitiba e ao Sul).

E nós que queríamos apenas fazer um filme… Um filme com ti­ros e morteiros que de uma hora para outra ficara “belica­mente” inerme. Não tí­nhamos uma arma sequer, muito menos ca­nhões (tão somente uma me­tralhadora de museu, autêntica de 1910, “inadvertidamente” emprestada pela PM do Paraná, muito cine­matográfica, por sinal…).

Foi uma operação inacreditável, essa de tocar o projeto a qualquer custo e sacrifício, o mesmo entusiasmo que congre­gara a todos no projeto de filmar um inaudito levante popu­lar em plena castração ditatorial. Tema-tabu, seu mito estava acima de nós.

Aos poucos e com paciência, porém, um civil aqui e outro acolá emprestando Winchester e revólveres, a cabo­clada espon­taneamente desovando dezenas de enrustidas carabinas e espin­gardas, armas brancas e munição, a produção de “A Guerra dos Pelados” pôde organizar seu “exército” regular. Felizmente já havíamos alugado as fardas do exército da época que o roteiro exigia, trazidas de São Paulo – espólio autêntico pertencente a um colecionador.

Quanto à indumentária dos pelados, foi bem mais fácil: como os próprios sertanejos in­terpre­tavam a si mesmos, a roupa rota do presente acabava se confundindo à roupa rota dos seus antepassados. Não poucas vezes ouvi da caboclada me confessando que se sentia na pele de algum avô ou parente morto nos entreveros com “a força” (genérico para Polícia Militar e Exército). Um inescapável atavismo que as circunstâncias trouxeram à tona e puderam revelar à câmara rostos antológi­cos e atuações memoráveis. Portanto, nem tudo estava perdido.

Ponto de honra: faltavam apenas os canhões. Carpinteiros con­trata­dos em uma semana fabricaram quatro exemplares de ma­deira (com ro­dado de carroça) – cópias fiéis de congêneres utilizados em combate conforme iconografia de 1914 à mão. Para fazê-los “funcionar” atulhava-se sua boca de bosta de gado ou cavalo, adicionava-se talco industrial e pólvora, e através da faísca de uma espoleta, provocava-se formidável explosão que lançava excremento (e seu respectivo “per­fume”…) e imita­ção de fumaça pelos ares. Na fase de sonori­zação do filme, acoplamos o som de canhões da Guerra da Se­cessão americana e os nossos soavam melhor (…) do que se os ca­nhões fossem os pró­prios, originais do Contestado. Os foto­gramas do filme são indesmentíveis.

Para os alvos acertados, mais de cem quilos de dinamite subs­tituí­ram os efeitos da detonação das balas que só existiam na trilha sonora. Um oportuno lance da imaginação para um filme que parece uma su­perpro­dução, e que em 1970 custou apenas 450 mil cruzeiros (orçamento médio para filme brasileiro de então; hoje não seria factível por menos de US$3 milhões).

Quando pensamos que “exibindo” defronte às câmaras o nosso “Exército Brancaleone catarina”, as agruras diminuiriam – o clima das filmagens era gravado quase diariamente por denúncias de milita­res à paisana infiltrados entre as centenas de anônimos figu­rantes – à procura de informações. A delegacia de polícia de Caçador ameaçava fichar todos os extras, atores e nossa equipe, como “comunista”, logo após um jornal local, em tom de “falsa” brincadeira (na verdade, fora uma alcaguetagem ci­frada), ter anunciado em manchete (reproduzida pela rádio da cidade) que produtores de cinema, sob o pretexto de esta­rem filmando, acobertavam treino de guerra de guerrilha. Dentre as de­ze­nas de explosões imitando queda de balas de canhão, uma – ocorrida na travessia de um riacho –, ferindo dois ato­res, alimentou as suspeitas.

No mesmo diapasão de baixo astral, e pela total ausência de milita­res especialistas, a improvisação de emboscadas, esca­ra­mu­ças e nas lutas corpo-a-corpo, características de uma guerra de guerrilhas como foi o Contes­tado, sempre deixava enorme rescaldo de involuntários feridos e ofendi­dos. E todos acaba­vam baixando no hospital de emergência para as dores do nosso infortú­nio…

A “guerra” fora do alcance da objetiva não raro competiu com a de “mentirinha” à frente das câmaras. Mas, uma vez findas as filmagens, todos festejamos a “vitória”, pois o filme es­tava na lata! – como se diz no jargão do cinema, o que signi­fica que os maiores riscos ficaram para trás. Assim transcor­reram aqueles terríveis, porém, inesquecíveis, cem dias entre preparação e rodagem propriamente dita de “A Guerra dos Pe­la­dos”. E sua travessia só foi possível graças à obsessão e ao destemor que mobiliza­ram desde o anônimo figurante à enorme equipe técnica e às dezenas de atores. Nos momentos de maior cerco institucional, cujos reflexos eram imediatamente senti­dos na hora de dar vi­sibilidade ao imaginado, todos os meus colaboradores, próximos ou distantes, entenderam que, ao res­gatar um episódio maldito da história do Brasil, o preço se­ria alto. Ninguém deser­tou…

E não foi por acaso que a censura da ditadura Médici soube com argú­cia acertar exatamente os diálogos com a cena em que apa­rece a palavra-chave “terra”, como sinônimo para os rebeldes, de propriedade, liberdade e poder. Por causa disso, em 1971, às vésperas de sua estreia nacional, o filme pernoitou em Brasília por mais de seis meses: os cen­sores se di­vidiam entre proibi-lo pura e simplesmente ou li­berá-lo com cortes. Esses argumentavam que, afinal, “uma ando­rinha (leia-se, o filme) não faz verão” (leia-se, algum tipo de surdo agito). Que o longa-metragem apenas sofresse cortes lapidares. E pronto!

Impotentes, ficamosem São Paulo– os coprodutores, Antonio Polo Galante e Al­fredo Palácios, e eu, que também produzia o filme através de financiamento bancário – com nostalgia de quando a censura era exercida pela polícia e alguns “bons” cruzeiros resolviam impasses de or­dem política e moral… Agora todo cuidado era pouco.

A partir da década de 1970 acensura passou (como, aliás, conti­nuou até o final da ditadura, inclusive fortalecida, basta ver os atentados con­tra o filme “Je Vous Salue Marie”, de Jean-Luc Godard e a mú­sica, “Merda”, de Caetano Ve­loso) às mãos de “gente letrada”. Eram intelectuais ou que tais, militares, leigos e religiosos, supostos especialistas em Marx, Lênin, Mao, Fidel, “Teologia da Liberta­ção”, mass media, isto é, em teorias, modelos e técnicas de “evangeliza­ção” das chamadas “ditaduras de es­querda”. O ideário fascista do almi­rante Penna Boto e do Papa Pio XII ainda nem havia desencarnado e já mudara de lado…

Depois de um silêncio atroz, só quebrado por notí­cias oficiosas, aliás, as mais lúgubres, fomos ansiosos ler o verso do certificado de censura. Eram três cor­tes cirúrgicos na imagem e no som: o primeiro mandando extir­par cena em que um “coronel” surra na bunda desnuda dois “pelados” com vara de marmelo (en­quadração que, por sua aura estetica­mente simbólica, acabou impondo o mote visual do car­taz do filme, de autoria do premiado arquiteto e designer catarinense, Manoel Coe­lho).

No segundo e terceiro cortes, ali sim, flagra-se uma leitura político ideoló­gica direta na jugular das intenções, aten­ções e pretensões de “A Guerra dos Pela­dos”. Era imposta a ablação de cenas-chaves em que os fanáticos, sob o comando do seu líder, Adeodato, in­vadem a serraria da Southern Lumber and Colonization Company: em meio à destrui­ção do escritório, e enquanto os demais rebeldes destroem o local, Vitorino (Zózimo Bulbul) descobre documentos que podem ser títulos de propriedade ou con­tratos de compra-e-venda de madeira, e começa a gritar (rasgando-os um a um): “Chega de pobreza! Chega de pobreza! Fora co’s gringo! A terra é nossa! A terra é nossa! Vin­gança!” Sem co­mentários. –

Sylvio Back, cineasta, poeta, roteirista e escritor,

autor de 38 filmes (12 longas-metragens) e de

21 livros (roteiros, poesia e ensaios);

em finalização, o doc de longa, “O Universo

 Graciliano”; em preparo, a ficção, “A Angústia”,

baseado no romance de Graciliano Ramos.

SERVIÇO

O QUÊ: Café Kino exibe e debate o filme “Guerra dos Pelados”

QUANDO: quarta-feira, 10 outubro2012, apartir das 12h30

ONDE: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), Praça Santos Dumont, Trindade

QUANTO: Gratuito

CONTATO: Departamento Artístico Cultural da UFSC – (48) 3721-9348

Zeca Pires – (48) 9971-7951

 

Fonte: Bruna Andrade – Acadêmica de Jornalismo, Estagiária no DAC: SECULT: UFSC